Árabes tomarão 'medidas necessárias' no Iêmen, diz chanceler saudita
Os países árabes tomarão medidas necessárias para combater a "agressão" da milícia xiita houthi contra o governo do Iêmen se uma solução pacífica para o caos do país não for encontrada. A promessa foi feita nesta segunda-feira (23) pelo chanceler da Arábia Saudita, príncipe Saud al-Faisal.
Os houthis e o presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansur Hadi, estabeleceram governo rivais na capital Sanaa e na cidade de Áden, respectivamente, encaminhando-se com o que parece ser um conflito militar aberto. Uma outra parte do país é dominada pelos terroristas da Al Qaeda.
Editoria de Arte/Folhapress |
Questionado se a Arábia Saudita, vizinha do Iêmen, ofereceria apoio militar ao presidente Hadi, que o país reconhece como governante legítimo, o chanceler afirmou: "Certamente, países na região e o mundo árabe tomarão as medidas necessárias para proteger a região de agressão".
O príncipe saudita cobrou que todas os lados rivais no Iêmen, incluindo os houthis, integrem diálogos de paz na Arábia Saudita. Perguntado sobre um suposto apoio do Irã aos rebeldes xiitas, o chanceler saudita disse ser contra a "interferência" de Teerã e criticou o que ele chamou de esforços iranianos para "estimular conflito sectário" em países árabes.
O Irã é um país de maioria persa e xiita, diferente da Arábia Saudita, majoritariamente árabe e sunita.
Saud deu as declarações em uma entrevista coletiva ao lado de seu homólogo britânico, Philip Hammond, que afirmou que o Reino Unido e seus aliados estão discutindo que resposta dar à crise. "Nenhum de nós quer ver uma ação militar", disse.
Mais cedo, no Cairo, o chanceler interino do Iêmen, Riyadh Yaseen, nomeado pelo presidente Hadi, pediu que uma intervenção militar dos países do Golfo, além da imposição de uma zona de exclusão área para interromper os avanços dos rebeldes houthis.
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