Associação de psicólogos corroborou tortura na era Bush, diz relatório
Um relatório divulgado nesta quinta (30) afirma que a Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês) trabalhou de forma secreta com o governo de George W. Bush (2001-2009) para justificar torturas de prisioneiros na chamada guerra ao terror.
O documento de 61 páginas, revelado pelo The New York Times, foi redigido por seis profissionais de saúde dissidentes e ativistas de direitos humanos com base em cerca de 600 e-mails trocados entre psicólogos da associação, agentes da CIA e outros membros do governo.
A APA coordenou-se secretamente com funcionários da CIA, da Casa Branca e do Departamento de Defesa para criar uma política de ética da APA sobre interrogatórios de segurança nacional que comportavam as diretrizes legais então secretas autorizando o programa de tortura da CIA, diz o texto.
Após a divulgação, a associação negou que tenha se coordenado com o governo.
O envolvimento de profissionais de saúde teve um peso importante por permitir ao governo argumentar que suas ações não constituíam prática de tortura.
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