Exército dos EUA enviou antraz por engano para nove Estados
O Exército americano enviou durante mais de um ano, por engano, amostras que teriam a bactéria antraz viva para instalações federais, privadas e acadêmicas nos EUA, disse à Reuters um funcionário do governo americano.
Nesta quarta (27), o Pentágono admitiu que a base de Dugway Proving Ground, em Utah, enviou amostras da bactéria viva para laboratórios privados em nove Estados americanos e para uma base na Coreia do Sul. Militares teriam classificado erroneamente como "inativo" um estoque de antraz após sessões de radiação.
Apesar de o erro ter sido originado em Utah, o militar Centro Biológico e Químico Edgewood, em Maryland, também teria enviado a substância -considerada arma biológica– a instituições privadas e acadêmicas.
As remessas foram despachadas de março de 2014 a abril de 2015.
O Pentágono diz não haver informações sobre suspeitas de infecção ou risco para o público.
Quatro civis que tiveram contato com o material, no entanto, iniciaram tratamento de prevenção chamado de profilaxia pós-exposição -que, usualmente incluem vacina contra o antraz, antibióticos ou os dois.
Segundo o porta-voz do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) Jason McDonald, os quatro -que faziam procedimentos que "liberaram o agente no ar"– correm risco "mínimo". O órgão iniciou uma investigação sobre o incidente.
Quando o antraz se espalha no ar, pode causar uma doença mortal chamada inalação de antraz. Foi o que ocorreu em 2001, quando o antraz enviado por correio a alvos do governo dos EUA e da mídia matou cinco pessoas.
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