Protestos contra cortes de gastos reúnem milhares no Reino Unido
Milhares de pessoas foram para as ruas de Londres, Glasgow e de outras cidades do Reino Unido protestar neste sábado (20) contra medidas de austeridade do governo britânico.
A manifestação, organizada por sindicatos, ativistas e políticos da oposição, critica os planos do primeiro-ministro, David Cameron, do Partido Conservador, que preveem cortes em gastos públicos de pelo menos 30 bilhões de libras (R$ 147 bilhões) pelos próximos quatro anos.
O protesto percorreu ruas do centro de Londres, incluindo a região do Parlamento e de Downing Street, sede do governo do Reino Unido. Cartazes pediam o fim dos cortes no orçamento público, sobretudo no NHS, o sistema público de saúde.
Organizadores da marcha em Londres chegaram a falar em 75 mil pessoas -estimativa, no entanto, considerada alta pela mídia britânica. As cidades de Liverpool e Manchester também foram palco de manifestações menores.
Entre os partidos presentes estavam o Trabalhista, o principal de oposição, e o Verde, historicamente contrário aos conservadores.
Reeleito em maio, Cameron alega que os cortes são fundamentais para o país. Para se defender, destaca a taxa de desemprego em torno de 5,5%, em meio ao crescimento econômico de 2,8% em 2014, o maior entre os grandes da Europa, e a ausência de inflação.
Dos 30 bilhões de libras previstos para cortar, ao menos 12 bilhões (R$ 59 bilhões) são ligados à área social.
O ministro de Finanças, George Osborne, tem sido pressionado por aliados a rever esse ajuste.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis