Bombardeios e confrontos quebram trégua humanitária no Iêmen
Bombardeios sauditas e confrontos entre duas facções rivais castigaram neste sábado (11) duas cidades no Iêmen, de acordo com moradores.
Os confrontos violam uma trégua humanitária acertada pela ONU e que passou a vigorar pouco antes da meia-noite, no horário local.
A pausa nos conflitos duraria uma semana, para permitir que suprimentos fossem levados por aviões ao país de 21 milhões de habitantes que sofre há mais de três meses com ataques aéreos e uma guerra civil.
Segundo a ONU, 80% da população precisa de ajuda ou proteção. Mais de 10 milhões de pessoas têm problemas para obter alimentos ou água potável em consequência da guerra, que já deixou mais de 3.200 mortos, metade deles civis.
A trégua é "nossa última esperança", declarou a porta-voz do Programa Mundial de Alimentos (PAM), Abeer Etefa. Na semana passada, o PAM conseguiu transportar 9.000 toneladas de suprimentos a seu depósito no Iêmen e a agora precisa distribuir os mantimentos.
Uma coalizão dos Estados árabes tem atacado o movimento rebelde houthi, aliado dos iranianos, desde o fim de março, para tentar colocar de volta no poder o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, que fugiu para Riad, capital da Arábia Saudita.
A coalizão disse neste sábado que o governo iemenita no exílio não pediu que ela parasse de atacar, segundo a emissora saudita Arabiya TV. As autoridades não foram encontradas para comentar o caso.
Ataques aéreos castigaram unidades militares dos houthis na capital, Sana, e nas cidades de Taiz e Áden, onde moradores também relataram ataques de artilharia entre os combatentes e milicianos locais.
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