Dilma desiste de ir ao teatro para terminar discursos que fará na ONU
A presidente Dilma Rousseff abriu mão de um de seus passatempos preferidos para repassar os detalhes dos dois discursos que vai fazer em Nova York, inclusive o de abertura da Assembleia Geral da ONU, marcado para segunda-feira (28).
Dilma estava com ingressos comprados para assistir à peça "Antígona", com Juliette Binoche, em cartaz no Brooklyn Academy of Music. A presidente iria ver a tragédia grega acompanhada da ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente).
Faltando poucos minutos para a saída com destino ao teatro, porém, Dilma avisou que a ministra poderia ir sozinha, e que ela permaneceria em sua suíte do hotel para terminar os discursos.
A presidente fala na sede da ONU neste domingo (27), na Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, quando ela pretende anunciar as metas do Brasil para a redução de emissão de gases do efeito estufa até 2030. Na segunda (28), Dilma abre a Assembleia Geral da ONU.
Segundo assessores, a presidente é "muito metódica" e tem repassado números e frases diversas vezes.
Durante toda a tarde deste sábado, após uma escapada para almoçar em um tradicional restaurante de carnes em Nova York, Dilma ficou reunida com Izabella e o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, para tratar dos discursos.
Mesmo assim, avaliou que não era suficiente e que precisava de mais um tempo, sozinha, para definir os textos e descansar. A equipe foi dispensada pouco antes das 19h (20h no horário de Brasília).
Desde que chegou a Nova York, na madrugada de sexta-feira (25), Dilma intercalou alguns passeios fora da agenda oficial –e do olhar da maior parte dos jornalistas– com as reuniões na ONU.
Foi à uma farmácia e passear na beira do rio Hudson na noite de sexta, caminhou no Central Park na manhã de sábado (26) e almoçou no restaurante de carnes, mas acabou por perder o teatro, um de seus programas favoritos quando está fora de Brasília.
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