Brasileiro passa mal durante voo para Dublin, morde passageiro e morre
Um brasileiro de 25 anos morreu durante um voo da companhia aérea irlandesa Aer Lingus que ia de Lisboa a Dublin após passar mal e morder outro passageiro.
Segundo testemunhas, o passageiro viajava sozinho e teve que ser controlado pelos tripulantes após morder outra pessoa durante a indisposição. Ele perdeu a consciência em seguida.
Chris Bacon - 17.out.2000/AFP | ||
Aviões da Aer Lingus estacionados no aeroporto de Dublin |
O comandante declarou emergência médica e redirecionou a aeronave para o aeroporto de Cork, também na Irlanda, mas o óbito foi registrado logo após o pouso, quando o passageiro ainda estava no avião, por volta das 17h40 de domingo (18), horário local.
O corpo do brasileiro, cuja identidade não foi revelada, foi levado ao hospital da Universidade de Cork para passar por uma autopsia. Os resultados finais da avaliação serão revelados nos próximos dias.
O passageiro ferido pela mordida recebeu tratamento médico num hospital local e passa bem. Depois do pouso na cidade, os restantes dos 168 passageiros e seis tripulantes foram interrogados pela polícia local, e suas bagagens foram revistadas.
Depois da revista, a polícia prendeu uma mulher com cerca de 40 anos com passaporte angolano que levava cerca de 2 kg de anfetaminas. Não estava claro se a mulher tinha relação com o passageiro que morreu.
Os demais passageiros seguiram ainda na noite de domingo de ônibus para a capital irlandesa. O avião ficou no aeroporto de Cork à disposição das autoridades.
Em nota, a Embaixada do Brasil em Dublin afirmou estar em contato com as autoridades policiais irlandesas, que realizam procedimento policial e forense para determinar as causas do falecimento.
"As autoridades consulares do Ministério das Relações Exteriores informaram o ocorrido à família do brasileiro e mantêm contato sobre as providências a serem tomadas a respeito do caso e sobre o apoio da Embaixada à família", relata a nota.
A embaixada afirmou que, em proteção à privacidade e à intimidade do passageiro e da família, não seriam divulgados seus dados pessoais nem as possíveis causas da morte".
Colaborou GIULIANA MIRANDA, de Lisboa.
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