Morre 13º funcionário de ONG que teve hospital bombardeado pelos EUA
A ONG Médicos Sem Fronteiras anunciou nesta sexta-feira (23) a morte de mais um de seus funcionários devido ao bombardeio norte-americano a um hospital que administra em Kunduz, no Afeganistão.
O ataque ocorreu em 3 de outubro.
"O número de mortos continua aumentando, com a confirmação do falecimento de mais um de seus profissionais. Em 23 de outubro, constam nos dados revisados 13 profissionais de MSF mortos e um supostamente morto; e 10 pacientes mortos e dois supostamente mortos", informa a nota da organização.
A MSF diz que os esforços agora são para identificar sete outros corpos irreconhecíveis encontrados nos destroços do hospital; todos foram enterrados.
A nota acrescenta que, "infelizmente, pode ser que esses não sejam os números finais".
Até o momento, são 27 os profissionais da MSF feridos no ataque, além de muitos pacientes e acompanhantes.
O nota informa ainda que a destruição do centro de trauma de MSF, com 94 leitos, "terá um enorme impacto no acesso a cuidados cirúrgicos de emergência para centenas de milhares de pessoas", já que o hospital era a única instalação do tipo no noroeste do Afeganistão, com mais de 400 profissionais habilitados para oferecer cuidados cirúrgicos, pós-operatórios e de reabilitação.
Segundo a MSF, mais de 22 mil pacientes receberam cuidados no hospital e mais de 5.900 cirurgias foram realizadas no último ano.
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