Potências se reúnem em Viena para discutir o futuro da Síria
Representantes de potências regionais e mundiais reúnem-se nesta sexta-feira (30) em Viena a fim de negociar soluções para a guerra civil na Síria. Esta é a principal conversa sobre o futuro do país desde o começo da insurgência contra o ditador Bashar al-Assad, há quatro anos e meio.
Participam do encontro representantes de países-chave para decidir o futuro da Síria. Estados Unidos, Turquia e Arábia Saudita, que têm influência econômica e militar contra o regime sírio, buscam um plano que passe pela deposição de Assad.
Joe Klamar/AFP | ||
Diplomatas se reúnem em hotel em Viena para discutir o futuro da Síria |
Já Rússia e Irã, que aceitou participar da negociação após convite dos EUA, representam os principais aliados externos de Assad e têm intensificado o apoio militar ao regime sírio. Em setembro, a Força Aérea russa iniciou uma campanha de ataques aéreos na Síria, abrindo caminho para o Exército sírio fazer grandes ofensivas contra grupos rebeldes.
Também participam das negociações Reino Unido, França, Alemanha, Egito e Emirados Árabes Unidos, dentre outros países. Não participarão do encontro representantes do regime sírio, nem grupos rebeldes envolvidos na guerra civil.
Antes do começo da reunião, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse esperar que as conversas na capital austríaca possam progredir em direção a uma solução política para a guerra síria, mas reconheceu tratar-se de uma tarefa muito difícil.
"Estou esperançoso, não chamo isso de otimismo", disse Kerry a jornalistas. "Estou esperançoso de que encontraremos um caminho adiante. É muito difícil."
VIOLÊNCIA
Enquanto diplomatas se reúnem em Viena para tentar pôr fim ao conflito, a violência na Síria prossegue. Ativistas disseram nesta sexta-feira que um bombardeio do regime sírio contra um centro comercial de Duma, na periferia de Damasco, deixou ao menos 40 mortos e cem feridos.
A guerra na Síria já deixou mais de 250 mil mortos e 1 milhão de feridos. Além disso, o conflito forçou o deslocamento de 11 milhões de pessoas, quase metade da população síria. Destes, 4 milhões fugiram para outros países, agravando a crise de refugiados na Europa.
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