Chefe do BC argentino indica saída; jornal fala em empréstimo do Brasil
O presidente do Banco Central da Argentina, Alejandro Vanoli, deu nesta quarta-feira (2) sinais de que poderia afastar-se do cargo, o que atende a pedido do presidente eleito, Mauricio Macri.
Macri e o funcionário de Cristina Kirchner travam uma queda de braço. Formalmente, o mandato de Vanoli termina apenas em 2019, mas o futuro presidente quer nomear para a função um economista de sua confiança, Federico Sturzenegger.
"Em alguns dias, comunicarei uma decisão pessoal sobre a qual estou refletindo", disse Vanoli, aumentando o mistério sobre sua decisão.
Marcos Brindicci - 6.out.2014/Reuters | ||
O presidente do BC da Argentina, Alejandro Vanoli, que pode deixar o cargo depois que Macri assumir |
Segundo o jornal "La Nación", o presidente do BC já teria acordado com Macri a sua saída.
O Banco Central é uma peça importante para a política econômica de Macri, que prometeu acabar com as restrições às importações e à compra de dólares.
EMPRÉSTIMO DO BRASIL
A expectativa é que o próximo governo herde reservas em dólares muito baixas, o que poderia dificultar a estratégia de Macri de reabrir a economia argentina.
Para tanto, segundo fontes do jornal argentino, a equipe de Macri estaria negociando empréstimos de Brasil, EUA e México, no valor total de US$ 25 bilhões.
Outros mecanismos estudados pela equipe de Macri para resolver o problema incluem a emissão de dívida pela petroleira YPF (que é mais bem avaliada que o governo argentino no mercado de crédito) e o incentivo aos produtores para que vendam a soja da safra passada, estocada à espera da troca de governo.
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