Polícia dos EUA detém suspeito de planejar ataque em Nova York
A polícia americana deteve nesta quinta-feira (31) Emanuel L. Lutchman, 25, suspeito de planejar um ataque a um restaurante durante a noite do Ano-Novo. Segundo as autoridades, o atentado seria inspirado nas ações do grupo radical Estado Islâmico (EI).
Lutchman foi detido na cidade de Rochester, em Nova York, após denúncia de um informante do FBI (polícia federal americana).
Segundo o FBI, Lutchman foi acusado de tentativa de fornecer apoio material ao EI, incluindo sua intenção de "assassinar civis inocentes na noite de Ano Novo em nome dessa organização terrorista".
De acordo com a denúncia, Lutchman manteve conversas com três de seus informantes desde novembro. Ele disse a eles ter recebido instruções de um integrante do EI fora dos EUA. O ataque seria um passo prévio para se unir ao grupo terrorista.
O americano expressou ainda aos informantes seu "firme apoio" ao EI e seu desejo de unir-se aos jihadistas na Síria. Ele chegou a enviar, na semana passada, uma mensagem e uma gravação de áudio na qual jurava lealdade ao EI e a seu líder, Abubakar al-Baghdadi.
Ele planejava, ainda segundo a denúncia, utilizar uma panela de pressão com explosivos ou um facão para sequestrar várias pessoas em um restaurante de Rochester.
Lutchman e um dos informantes compraram na terça-feira (29) dois capuzes, duas facas, um facão, fita adesiva, amônia e luvas de látex em uma loja da rede de supermercados Walmart. O detido não tinha dinheiro e foi o informante da polícia quem pagou a compra, de US$ 40.
"Felizmente, os agentes de segurança foram capazes de intervir e frustrar os planos mortais de Lutchman", afirmou o procurador-geral adjunto para Segurança Nacional, John P. Carlin.
O americano tem um histórico criminal de mais de uma década e que inclui, em 2006, uma condenação por roubo e várias prisões por "questões de instabilidade mental".
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que Lutchman se converteu ao islã enquanto estava recluso no Centro Correcional de Attica, no norte do Estado. "Esteve em Attica, por roubo, se radicalizou pela internet e se transformou em partidário de um desses grupos terroristas", afirmou Cuomo, que comparou esse caso com o massacre do último mês de novembro na cidade californiana de San Bernardino.
A informação foi divulgada enquanto centenas de milhares de pessoas começavam a se reunir em Nova York para participar da tradicional cerimônia de fim de ano da Times Square, que acontece em meio a medidas de segurança excepcionais.
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