Possível saída de físico condenado do Brasil 'resolve problema', diz ministro
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) elogiou a intenção do professor franco-argelino Adlène Hicheur de deixar o Brasil. O ministro se pronuncia depois que colegas do físico disseram que ele quer voltar para a França após a repercussão do caso.
Após cumprir dois anos e sete meses de prisão na França por "associação com criminosos com vistas de planejar um atentado terrorista", o cientista ingressou no país em 2013 e atua como professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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Adlene Hicheur, físico franco-argelino condenado por terrorismo na França, é pesquisador da UFRJ |
"Devemos reconhecer que é um gesto que contribui e resolve o problema para o Brasil", afirmou o ministro nesta quinta-feira (14).
Mercadante ainda fez elogios à carreira de Hicheur, e ponderou que o físico tem "um excelente currículo profissional". "Não há nada que o desabone do ponto de vista técnico", disse.
No início da semana, o ministro afirmou que Hicheur não deveria ter ingressado no país. Hoje, adotou tom mais ameno.
"Não é fácil a relação entre a democracia, Estado de Direito, direitos e prerrogativas individuais e o terrorismo. A França é um bom exemplo disso", afirmou, em referência aos recentes ataques terroristas em Paris.
Mercadante argumentou, entretanto, que a "preocupação central" do governo é a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em agosto deste ano.
"Delegações esportivas de cerca de 200 países estarão no Brasil. [São atletas de] todos esses países que têm tido atentado, guerra civil. E a Olimpíada é um momento de paz".
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