Um dia após ataque matar 37, Turquia detém suspeitos e bombardeia curdos
Onze pessoas foram detidas nesta segunda (14) pela polícia da Turquia sob suspeita de envolvimento no atentado em Ancara em que 37 pessoas morreram, disse o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu.
Segundo a agência oficial de notícias do país, Anadolu, ao menos quatro detenções ocorreram em Sanliurfa, cidade próxima à fronteira com a Síria. Detalhes da operação não foram divulgados. Até o momento, nenhum grupo reivindicou o ataque de domingo.
Apesar disso, Davutoglu disse ter "quase certeza" de que o ataque foi perpetrado por membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) —milícia que pede um Estado autônomo aos curdos e é considerada terrorista por Turquia, EUA e União Europeia. Nesta segunda (14), o governo turco bombardeou 18 postos dos rebeldes em regiões no norte do Iraque.
De acordo com fontes do governo ouvidas pelas agências Associated Press e Reuters, as autoridades turcas acreditam que o atentado foi levado a cabo por dois terroristas ligados ao PKK. Um deles seria uma mulher nascida em 1992, da cidade de Kars, e o outro um homem.
O PKK e o governo turco vivem em conflito desde 1984. Desde então, milhares de civis morreram no fogo cruzado. Um frágil cessar-fogo entre Ancara e o PKK teve fim em julho do ano passado.
ATENTADO
No domingo (14), um carro-bomba explodiu ao lado de uma estação de ônibus, perto do parque Guven, área movimentada e cheia de lojas e cafés de Ancara.
Ao menos 37 pessoas morreram e 71 ainda estão hospitalizadas.
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