Forças russas podem voltar à Síria em 'poucas horas, se necessário', diz Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (17) que a missão militar de seu país na Síria foi "um sucesso retumbante" e que as forças russas poderiam voltar à Síria em poucas horas "se necessário".
Em uma cerimônia no Kremlin para condecorar militares que serviram na Síria, Putin procurou atenuar qualquer distanciamento com Damasco e disse que a retirada parcial de soldados e equipamentos russos da Síria foi feita em comum acordo com o ditador Bashar al-Assad.
Embora ressaltando sua preferência por uma solução diplomática negociada para o conflito sírio, Putin deixou claro que a Rússia poderia facilmente ampliar suas forças no país novamente.
Alexei Nikolsky/Sputnik/Kremlin/Reuters | ||
Vladimir Putin discursa em cerimônia de condecoração de soldados que atuaram na Síria |
"Se necessário, literalmente, em um período de poucas horas, a Rússia pode reconstruir seu contingente na região para se adequar proporcionalmente à evolução da situação e usar todo o arsenal de recursos que temos à nossa disposição", disse Putin.
Na segunda-feira (14), o líder russo ordenou a retirada da maior parte do contingente militar russo na Síria após cinco meses de ataques aéreos.
FEDERAÇÃO CURDA
Dmitri Peskov, porta-voz de Putin, disse nesta quinta-feira que cabe aos sírios decidirem se o país deve se tornar uma federação e que o futuro da Síria deve ser discutido por meio de um diálogo inclusivo, que envolva todos os grupos étnicos e religiosos do país.
Peskov fez a declaração quando lhe foi solicitado que comentasse o plano dos curdos sírios de declararem uma federação na região que controlam no norte do país.
Nesta quinta, três regiões sírias controladas por curdos aprovaram em votação o estabelecimento de um sistema federal no norte do país, desafiando avisos da Síria e da vizinha Turquia contra qualquer movimento unilateral.
A votação para aprovar um sistema federal nas três áreas autônomas lideradas pelos curdos foi realizada em uma conferência na cidade de Rmeilan, no nordeste da Síria.
O governo sírio afirmou que o movimento é "inconstitucional e inútil" e advertiu contra qualquer tentativa de desrespeitar a integridade do território sírio.
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