Após ataques na Bélgica, Mauro Vieira fala de preocupação com Olimpíada
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, demostrou sua solidariedade ao povo belga após o atentado terrorista desta terça-feira (22), em Bruxelas.
"Reiteramos os mais fortes termos do nosso repúdio a qualquer ato terrorista, seja de que inspiração for", disse Mauro Vieira.
25.nov.2015/Reuters | ||
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em visita a Havana no ano passado |
O pronunciamento se deu após reunião entre o Itamaraty e o ministro de relações exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn.
Vieira também expressou sua preocupação com a segurança dos Jogos Olímpicos, que serão realizados em agosto, no Rio de Janeiro.
"Têm que ser tomadas todas as medidas de precauções não só com atletas, mas com todos os chefes de Estado e turistas. Tenho certeza de que haverá uma articulação cada vez maior de órgãos internacionais para tomar medidas de segurança para evitar atos terroristas", afirmou.
O ministro de Luxemburgo também registrou seu repúdio ao atentado. "É difícil encontrar palavras para descrever um ataque bárbaro. O conflito na Síria e suas atrocidades é um elemento crucial do terrorismo na União Europeia."
Para Asselborn, o principal motivo para os atentados são, justamente, a guerra na Síria. "Em Genebra, Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita e Irã demonstraram que têm o mesmo alvo. Tem-se que acabar com a guerra na Síria e eliminar o Estado Islâmico", afirmou.
REUNIÃO
Entre os temas tratados pelos dois ministros estão o acordo econômico entre Mercosul e União Europeia e a reforma no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo Mauro, Brasil e Luxemburgo têm relações econômicas tradicionais, sendo que o país europeu figurou na terceira posição entre os maiores investidores estrangeiros.
"Luxemburgo apoia a negociação em curso entre Mercosul e União Europeia. Luxemburgo está com uma oferta que esperamos que seja trocada em breve com as autoridades da União Europeia", diz Vieira.
Em relação à reforma do Conselho de Segurança da ONU, o ministro Asselborn demostrou apoio ao pleito brasileiro de conseguir um assento permanente no conselho. "Como nós somos próximos do G4 (Brasil, Índia, Japão e Alemanha), nós apoiamos a presença do Brasil no Conselho de Segurança", diz.
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