Argentina investiga uso de dinheiro público em mausoléu de Kirchner
Policiais argentinos cumpriram um mandato de busca e apreensão na tarde desta sexta-feira (15) na sede do governo de Santa Cruz. A província, localizada no sul do país, é governada por Alicia Kirchner, cunhada da ex-presidente Cristina Kirchner.
A Justiça investiga se recursos públicos foram usados na construção e manutenção do mausoléu faraônico onde foi enterrado o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em 2010.
Juan Mabromata - 22.out.2011/AFP | ||
Mausoléu de Néstor Kirchner, no cemitério de Rio Gallegos, quando ainda em construção, em 2011 |
O edifício foi construído por Lázaro Báez, empreiteiro preso na semana passada sob suspeita de lavagem de dinheiro. Báez era um dos melhores amigos de Néstor e sua construtora venceu dezenas licitações de obras públicas durante o kirchnerismo (2003-2015).
Com dois andares, o mausoléu fica no cemitério de Río Gallegos, cidade-natal do dirigente morto em 2010, e destoa dos outros túmulos. Tem 11 metros de altura, 15 de largura e 13 de comprimento.
Os restos mortais de Néstor ficam no centro do térreo, rodeado por uma estrutura de vidro blindado, em um local ao qual apenas a família tem acesso. Uma escada de mármore em caracol leva ao primeiro andar, de onde os visitantes podem observar o féretro abaixo, através dos vidros.
Duas fotos do político (uma de quando ele tinha nove anos, com a legenda "quando for grande quero ser presidente") e uma pintura de seu rosto decoram o interior do prédio.
Há uma semana, o Ministério Público Federal pediu que fosse investigada a ligação entre Cristina Kirchner e o empresário Lázaro Báez.
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