Após quase 27 anos, homem confessa abuso e morte de garoto nos EUA
Um homem de Minnesota confessou nesta terça-feira (6) ter sequestrado e matado o garoto Jacob Wetterling, 11, há quase 27 anos, encerrando um mistério que assolou esse Estado do norte dos EUA.
Daniel Heinrich, 53, admitiu o crime em meio ao processo em que responde por acusações de pornografia infantil que podem colocá-lo na cadeia por décadas.
Questionado sobre se ele havia sequestrado, abusado sexualmente e assassinado Jacob, Heinrich disse: "Sim".
Heinrich levou as autoridades até os restos mortais de Jacob, em um campo na região central do Estado, na semana passada, informou um policial à Associated Press em condição de anonimato. O escritório do xerife local informou que os restos de Jacob foram identificados no sábado (3).
O homem confessou ter sequestrado Jacob no dia 22 de outubro de 1989, em uma estrada próxima à casa do garoto, na cidade de Saint Joseph. A polícia o colocou como suspeito do crime em outubro do ano passado, quando iniciou a investigação sobre o caso de pornografia infantil.
Para chegar a Heinrich, os investigadores revisitaram um caso de abuso sexual ocorrido em uma cidade próxima, nove meses antes do desaparecimento de Jacob. Já havia a suspeita de que o abuso de Jared Scheierl, 12, estava conectado à morte de Jacob.
Com a ajuda de tecnologia não disponível em 1989, investigadores acharam DNA de Heinrich no suéter de Scheierl, e usaram essa evidência para conseguir um mandado de busca para a casa de Heinrich. Lá, encontraram uma vasta coleção de materiais de pornografia infantil.
O crime marcou o Estado de Minnesota, majoritariamente rural. Durante anos, a imagem de Jacob apareceu em cartazes e outdoors.
Sua mãe, Patty Wetterling, sempre teve esperança de que seu filho seria encontrado vivo. Ela se tornou uma ativista atuante em casos de crianças desaparecidas e fundou, com seu marido, o Centro de Pesquisas Jacob Wetterling, que trabalha para ajudar famílias a prevenir esse tipo de crime.
Em 1994, o Congresso americano a Lei Jacob Wetterling, que obriga os Estados a manter registros de agressores sexuais.
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