Iraque abre museu de antiguidades em antigo palácio de Saddam em Basra
O Iraque abriu um novo museu de antiguidades na terça-feira (27), na cidade de Basra, no sul do país, com cerâmicas, moedas e outros artefatos de mais de 2.000 anos.
Apenas uma seção foi inaugurada, devido à falta de fundos, disse Qahtan al-Obaid, diretor do museu. Exibirá artefatos que existem desde 400 a.C. e que contam a história da cidade, rica em petróleo, no Golfo Pérsico.
Ele disse que há planos de abrir outras alas, que exibiriam artefatos dos babilônios, assírios e sumérios, de todo o Iraque, e que remontam a 3.300 a.C.
O Iraque está no meio, atualmente, de uma crise econômica vinculada à queda dos preços internacionais do petróleo e à guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico.
O museu se encontra em um dos ex-palácios de Saddam Hussein, que serviu por pouco tempo como refeitório das tropas britânicas depois da invasão liderada pelos EUA em 2003 que derrubou Hussein. Al-Obaid disse que o lugar foi escolhido para "substituir as questões de ditadura e tirania por temas civis e de humanidade".
O museu foi concebido em 2008 depois da retirada britânica e foi parcialmente financiado por uma organização beneficente do Reino Unido. A seção que abriu na terça-feira tem um valor estimado de US$ 750 mil (cerca de R$ 2,4 milhões), dos quais US$ 500 mil (R$ 1,6 milhão) tiveram como origem a petroleira BP, que opera em Basra, disse Al-Obaid.
Basra é habitada há milhares de anos, mas a cidade atual data do ano 637. Floresceu durante a Idade Média como um importante centro cultural e comercial do califado abássida, e foi ponto de partida das aventuras fictícias de Simbad, o Marujo na África e no sul da Ásia.
O sul do Iraque, rico em petróleo, está longe das linhas de frente da guerra contra o Estado Islâmico, que destruiu lugares antigos no norte do Iraque e na vizinha Síria.
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