Indicado para chefiar a ONU apoia vaga permanente do Brasil no CS
Durante sua carreira política, o ex-premiê português António Guterres, 67, indicado pelo Conselho de Segurança da ONU para ser o próximo secretário-geral das Nações Unidas, teve uma postura favorável ao Brasil, primeiro país que visitou após assumir o governo de Portugal, em 1995.
Antes de se lançar candidato a secretário-geral da ONU, já havia sinalizado publicamente que era favorável à entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança.
Em 2001, Guterres esteve no Brasil para assinar, junto com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, o chamado Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta. Considerado um marco entre as relações dos dois países, estabeleceu a igualdade de direitos políticos entre cidadãos dos dois países, além de facilitar o reconhecimento de diplomas e habilitações.
Guterres também agiu para resolver a chamada "crise dos dentistas", quando a grande quantidade de profissionais de odontologia do Brasil gerou uma onda de retaliações entre portugueses em meados dos anos 90.
Já fora do governo, esteve no Brasil pouco após a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conhecer os programas sociais do petista.
Como chefe do Acnur (agência da ONU para os refugiados), veio ao país várias outras vezes.
Em nota nesta quarta (5), o ministro das Relações Exteriores, José Serra, parabenizou a escolha de Guterres e exaltou as "qualificações profissionais e estatura política incontestáveis" do português.
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