Premiê italiano promete ajuda aos 15 mil desabrigados por terremoto
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, prometeu nesta segunda-feira (31), encontrar alojamentos temporários para todos os desabrigados pela série de terremotos que sacudiram a região central do país. Neste domingo (30), a Itália sofreu o mais forte tremor em 36 anos, que deixou mais de 15 mil pessoas necessitando de assistência.
O terremoto de domingo de manhã, com uma magnitude de 6,6 graus na escala Richter, não deixou mortos ou feridos graves, em grande parte porque a maioria dos centros urbanos frágeis já havia sido fechado por causa de danos anteriores e muitas casas estavam desocupadas.
O abalo, no entanto, dificultou os esforços que vinham sendo feitos para reparar os estragos causados por um forte tremor em agosto, na mesma região, que deixou cerca de 300 mortos, e outros tremores na semana passada, que não causaram mortes.
Segundo funcionários da proteção civil, o número de pessoas desabrigadas deve subir, já que não foram contabilizadas muitas das pessoas que dormiram em veículos ou outros locais. Com a temperatura durante a noite chegando próxima de zero, as autoridades têm preocupação com os muitos idosos que vivem nessa região montanhosa.
"Não podemos utilizar tendas por alguns meses nas montanhas, sob a neve", disse o premiê italiano. "Há hotéis suficientes para todos. Mas muitos dos nossos compatriotas não querem deixar suas terras, nem mesmo por algumas semanas".
Muitas pessoas foram transferidas para a zona costeira, onde os hotéis de verão estão ocioso, e outras zonas distantes do terremoto. Mas há cada vez mais relatos de moradores que resistem a sair, na crença de que, se as suas casas têm até agora resistido, elas continuam a ser os lugares mais seguros para ficar.
Na cidade de Nórcia, a mais próxima do epicentro do terremoto, bombeiros estavam nesta segunda acompanhando moradores de volta às suas casa para buscar pertences pessoais. Durante a madrugada foram registrados outros abalos menores na cidade.
Renzi disse que o fato de não ter havido mortes "nos dá enorme alívio. Mas o dano à cidade, bem como aos tesouros econômicos, culturais e religiosos é impressionante. Esses vilarejos são a identidade da Itália. Precisamos reconstruí-los o mais rápido possível".
Muitas das cidades atingidas são de importância histórica, incluindo Nórcia, onde uma catedral beneditina do século 14 entrou em colapso, restando apenas uma fachada.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
TERREMOTO NA ITÁLIA Maior tremor desde 1980 atinge região central do país |
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