Sem confirmação, Ocidente trata atropelamento em Berlim como terror
Antes que investigadores alemães confirmem as causas do incidente com um caminhão que deixou ao menos 12 mortos e 48 feridos em um mercado de Natal de Berlim, o caso já era tratado no Ocidente como um atentado terrorista.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o suposto ataque e disse que "terroristas islâmicos" foram responsáveis pelas mortes na Alemanha.
"O Estado Islâmico e outros terroristas islâmicos continuam massacrando cristãos em suas comunidades e locais de adoração como parte da sua jihad global", declarou o republicano.
Segundo Trump, o suposto ataque, e outros atentados registrados na Turquia e na Suíça, mostram que o mundo está ficando pior. "O mundo civilizado precisa mudar seu pensamento", disse.
Mais cauteloso em comunicado, o governo de Barack Obama tratou o caso como "aparente ataque terrorista".
"Estamos em contato com autoridades alemãs e estamos prontos para oferecer assistência enquanto eles se recuperam e investigam este terrível incidente", diz um comunicado da Casa Branca.
O incidente com o caminhão na Alemanha gerou reações em outros países do Ocidente. A França anunciou o aumento da segurança nos mercados de Natal do país.
"A cooperação franco-alemã vai continuar sem dar trégua para que democracias vençam a guerra contra aqueles que querem atacar nossos valores e liberdade", afirma um comunicado do Ministério do Interior.
"Todas as forças de segurança vão manter nível máximo de vigilância", completa.
Apesar da preocupação francesa, a polícia alemã disse não haver indícios de uma nova ameaça para a população da região da capital alemã após o incidente.
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