Após resolução contra assentamentos, Netanyahu avaliará relações com ONU
Abed Al Hashlamoun/Efe | ||
A cidade de Hebron, na Cisjordânia, onde colonos judeus ocuparam casas com apoio do Exército |
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, chamou de "tendenciosa e vergonhosa" a resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) contra os assentamentos de Israel em território palestino aprovada na sexta (23).
Em programa de TV neste sábado (24), Netanyahu disse que irá avaliar as relações com o órgão. "Instruí o Ministério das Relações Exteriores para reavaliar todos os nossos contatos com a ONU, incluindo o financiamento de instituições e a presença de representantes da entidade em Israel", declarou em transmissão.
"A decisão que foi tomada é tendenciosa e vergonhosa, mas superaremos. Isso precisará de tempo, mas essa decisão será anulada", declarou o premiê.
Kevin Lamarque-1.out.2014/Reuters | ||
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em visita a Obama na Casa Branca |
O Conselho de Segurança da ONU considerou as colônias de Israel na Palestina ilegais segundo leis internacionais. Para a entidade, elas inviabilizam uma solução pacífica entre os dois povos.
A resolução, que exige que as ocupações parem, inclusive em Jerusalém Oriental, só foi possível graças a abstenção inédita dos Estados Unidos, país com poder de veto, aliado de Israel há muito tempo.
ESTADOS UNIDOS
Na sexta-feira (23), em nota, o líder israelense já havia criticado o governo de Barack Obama, ao afirmar que ele não só falhou em proteger Israel como também conspirou contra o país.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou a abstenção americana. Pelas redes sociais, Trump afirmou que, a partir de janeiro, data de sua posse, as coisas serão diferentes na ONU.
"Israel aguarda com expectativa a oportunidade de trabalhar com o presidente eleito Trump e com todos os nossos aliados no Congresso, republicanos e democratas, para anular os danosos efeitos desta absurda resolução", disse Netanyahu em seu texto.
A gestão do presidente Barack Obama é marcada pelo afastamento de Israel, com quem os americanos historicamente mantêm relações de grande proximidade.
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