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Em 1993, líder do Peru anulou licitação de obra da Odebrecht
Sebastian Castaneda - 12.jan.2017/Reuters | ||
Protesto contra aumento do pedágio em rodovia construída pela Odebrecht no Peru |
Há 24 anos, o envolvimento da empreiteira Odebrecht com autoridades de países como Peru e as suspeitas de irregularidades em contratos já era assunto.
Em outubro de 1993, a convite da construtora, a repórter Elvira Lobato viajou ao Peru e, na oportunidade, entrevistou o então líder do país, Alberto Fujimori.
O encontro foi feito mais de um ano depois de ele ter fechado o Congresso e passado a governar por decreto. Na época, Fujimori disse que constatara superfaturamento em obras públicas e, por isso, convocou uma nova licitação.
"Reduzimos o custo da obra para US$ 54 milhões", disse, ao se referir a uma obra orçada em US$ 100 milhões para um programa de irrigação agrícola.
Questionado se a obra era de uma empreiteira brasileira, o líder foi enfático: "Sim, é da Odebrecht".
A Folha também ouviu a empresa, que refutou a existência de irregularidades. Marco Cruz, então gerente-geral da Odebrecht no Peru, negou à época o superfaturamento no projeto de irrigação de Chavimochic, no norte peruano.
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