Coreia do Norte dispara míssil a dias da visita de presidente chinês aos EUA
A Coreia do Norte disparou nesta terça-feira (4) um míssil balístico sobre o Mar do Japão, informaram o ministério sul-coreano da Defesa e militares dos EUA.
O disparo foi feito dois dias antes da visita aos EUA do presidente chinês, Xi Jinping. As forças armadas americanas destacaram, porém, que o disparo não representa uma ameaça para a América do Norte, e prometeram trabalhar de perto com seus aliados na região.
"O Comando do Pacífico dos EUA está plenamente comprometido em trabalhar estreitamente com nossos aliados japoneses e da Coreia do Sul para manter a segurança", informou o comando.
"O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) determinou que o lançamento do míssil da Coreia do Norte não representa uma ameaça para a América do Norte", acrescentou.
O Comando do Pacífico informou ter determinado o lançamento do míssil balístico, de médio alcance, às 06h42 locais de quarta-feira (18h42 de terça em Brasília). O artefato caiu no Mar do Japão nove minutos depois, de acordo com o determinado pelo Ministério da Defesa Sul-coreano.
A inquietação na península é cada vez maior pelo suposto avanço dos programas nuclear e balístico da Coreia do Norte, que tenta desenvolver um míssil de longo alcance capaz de atingir o território americano com uma ogiva nuclear e, por enquanto, realizou cinco testes nucleares, dois deles no ano passado.
KCNA - 7.mar.2017/Reuters | ||
Lançamento de míssil em foto sem data divulgada pela Coreia do Norte em março |
Em fevereiro, Pyongyang disparou quatro mísseis, três dos quais caíram perto do Japão, em um teste que tinha como objetivo simular um ataque a bases americanas no arquipélago.
Seis pacotes sucessivos de sanções impostos pela ONU desde um primeiro teste nuclear norte-coreano em 2006 não conseguiram dissuadir o país de seguir adiante com seus programas.
Em declarações publicadas no domingo, o presidente americano, Donald Trump, disse estar disposto a "resolver" por conta própria o problema com a Coreia do Norte, caso a China, principal aliada de Pyongyang, não aja para por um ponto final às ambições militares norte-coreanas.
Trump deve se reunir na quinta-feira com o presidente chinês, Xi Jinping. A Coreia do Norte estará na agenda.
Na segunda-feira, o ministério norte-coreano das Relações Exteriores considerou "irresponsáveis" os três dias de exercícios militares navais dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, que terminaram na quarta-feira.
Estas "ações irresponsáveis" levam a península "à beira da guerra", declarou um porta-voz do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela agência oficial KCNA.
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