Trump remove seu estrategista-chefe do Conselho de Segurança Nacional
Mike Theiler - 23.fev.2017/AFP | ||
O estrategista-chefe da Casa Branca, Stephen Bannon, fala em conferência de conservadores |
O presidente americano, Donald Trump, tirou seu estrategista-chefe, Steve Bannon, do Conselho de Segurança Nacional, recuando da decisão que gerou polêmica no início de seu mandato.
Num memorando divulgado nesta quarta-feira (5), Bannon já não aparece mais na lista do Comitê Diretor, grupo ocupado pelos mais altos funcionários que têm como tema de interesse a segurança nacional, como o vice-presidente e os secretários de Estado e de Defesa. Para críticos, a presença de Bannon politizava o conselho.
Outra decisão controversa revogada foi a de rebaixar dentro do conselho o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Joseph Dunford, e o diretor de Inteligência Nacional, posto agora ocupado por Dan Coats.
Desde o início do governo Trump, os dois ocupantes dos cargos -que eram parte do comitê diretor no governo Obama- só eram convocados quando o assunto em questão "lhes dizia respeito diretamente". Agora, eles retornam ao seleto grupo.
Também foram incluídos como membros permanentes o secretário de Energia, Rick Perry, o diretor da CIA, Mike Pompeo, e a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley.
As mudanças foram feitas pelo novo conselheiro de Segurança Nacional, o tenente-general H. R. McMaster, que substituiu o general reformado Michael Flynn, após sua queda, em fevereiro. Flynn renunciou após ter sido revelado que ele conversou em dezembro, antes de Trump assumir, com o embaixador russo nos EUA, Sergei Kislyak, sobre as sanções aplicadas contra Moscou.
Funcionários da Casa Branca disseram ao "New York Times" que a decisão de retirar Bannon do Conselho de Segurança Nacional não representa uma perda de prestígio do polêmico estrategista, que era responsável pelo site ultraconservador Breitbart News antes de se juntar à equipe de Trump.
Segundo eles, Bannon tinha sido colocado pelo presidente no conselho justamente para "monitorar" Flynn -o que agora não seria mais necessário. Ainda segundo o jornal, o estrategista manterá as credenciais mais altas, o que significa ter acesso às informações mais sigilosas de segurança nacional.
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