Navio americano se aproxima de ilha artificial chinesa, e Pequim reclama
Kryzentia Weiermann/Reuters | ||
O navio americano USS Dewey no Mar do Sul da China |
Um navio de guerra da Marinha norte-americana ficou a 12 milhas náuticas (cerca de 22 km) de distância de uma ilha artificial construída pela China no Mar do Sul da China, disseram autoridades dos EUA na quarta-feira 25), no primeiro desafio a Pequim na rota estratégica desde que Donald Trump tomou posse como presidente dos EUA.
Falando sob condição de anonimato, as autoridades disseram que o USS Dewey navegou perto do Recife Mischief, nas Ilhas Spratly, localizado entre uma série de ilhotas, recifes e bancos de areia que a China disputa com seus vizinhos.
A China diz que seus navios de guerra alertaram a embarcação norte-americana e que apresentou "representações severas" aos EUA. Pequim disse que continua resolutamente oposta às chamadas operações de liberdade de navegação.
A patrulha dos EUA, a primeira do tipo desde outubro, simbolizou a tentativa mais recente de se contrapor ao que Washington vê como um empenho dos chineses em limitar a liberdade de navegação em águas estratégicas, e ocorre no momento em que Trump está buscando a cooperação da China para conter os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, aliada dos chineses.
Segundo uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU), geralmente as águas territoriais se estendem por até 12 milhas náuticas do litoral de um Estado.
Uma autoridade dos EUA disse se tratar da primeira operação próxima de um ponto territorial que foi incluído em um veredicto de um tribunal internacional de arbitragem de Haia contra a China no ano passado. A corte invalidou a reivindicação de soberania chinesa sobre vastas porções do Mar do Sul da China.
Os EUA vêm criticando a construção chinesa de ilhas e o reforço de suas instalações militares no mar e temem que estas possam ser usadas para restringir a liberdade de movimento.
Aliados e parceiros de Washington na região ficaram apreensivos quando o governo Trump suspendeu operações no Mar do Sul da China durante seus primeiros meses no cargo.
No mês passado, o principal comandante norte-americano na região Ásia-Pacífico, o almirante Harry Harris, disse que seu país provavelmente iria realizar operações de liberdade de navegação no Mar do Sul da China em breve.
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