Conselho eleitoral muda local de voto de mais de 700 mil venezuelanos
A campanha eleitoral para a votação de domingo (15) terminou na quinta (12) com protestos da oposição por conta de uma decisão do governo de transferir centros de votação.
O Conselho Nacional Eleitoral, alegando razões de segurança, mudou o local de voto de 715.502 eleitores. Não por acaso, isso ocorreu em zonas onde a oposição é mais forte, como Miranda, Táchira, Mérida, Zulia e Lara.
As novas listas saíram apenas na noite de quinta. O deputado oposicionista Julio Borges disse que a estratégia era para confundir e desanimar eleitores.
Mesmo assim, integra o grupo dos que creem que é preciso ir votar no domingo, ainda que o risco de que exista fraude ou manipulação seja grande. "Cada voto nulo é um voto para o governo", insistiu.
ASSEMBLEIA
Já o chavista Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) afirmou que os governadores eleitos no domingo não estarão automaticamente habilitados para assumir.
Terão, ainda, que ser aprovados pela Assembleia Nacional Constituinte eleita na contestada eleição de julho passado.
"Foi a Assembleia quem convocou as eleições e portanto quem vai referendar e tomar o juramento dos novos governadores", disse, no encerramento de campanha em Monagas.
O governador do Estado de Miranda, onde mais de 10% dos eleitores foram transferidos, Henrique Capriles, disse à Folha: "Miranda sempre foi um bastião da oposição, por isso é o Estado mais afetado pelas mudanças de mesas eleitorais. No domingo, vou acompanhar centro por centro. E vamos ajudar a transportar eleitores que foram transferidos".
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis