Forças sírias reconquistam Al Mayadin, bastião do Estado Islâmico
As forças do regime sírio "recuperaram o controle", neste sábado (14), de Al Mayadin, um dos últimos redutos do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no leste da Síria, anunciou a agência oficial Sana.
Na quinta-feira, com ajuda de bombardeios russos, as forças do regime conseguiram entrar no território, assumir o controle de quatro bairros e forçar os integrantes do EI a recuar até o rio Eufrates, fronteira com Deir Ezzor.
"Muitos terroristas morreram", indicou a agência oficial.
"Nossas unidades perseguem os que ficaram e os que fugiram (...) enquanto outras retiram as minas e os explosivos colocados nas ruas e praças da cidade", informou a televisão pública.
Os extremistas são alvo de duas ofensivas na província de Deir Ezzor, rica em petróleo e próxima à fronteira com o Iraque.
E na cidade síria de Raqa, quase cem combatentes do Estado Islâmico se renderam nas últimas 24 horas, anunciou a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos neste sábado.
Na quinta-feira, ela havia informado que entre 300 e 400 combatentes do EI permaneciam na cidade, conquistada em 2014, ao lado de centenas de civis presos.
"Nas últimas 24 horas, quase cem terroristas do EI se renderam e foram retirados de Raqa", afirma o comunicado divulgado pela coalizão que apoia as Forças Democráticas Sírias (FDS).
O texto explica que os combatentes estrangeiros do EI que permanecem na cidade "não estão autorizados a sair".
Mais cedo, a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) afirmou que "todos os combatentes sírios do EI saíram da cidade de Raqa durante os últimos cinco dias em consequência de um acordo entre as Forças Democráticas Sírias e o EI".
Bulent Kilic - 1º.out.2017/AFP | ||
Ruínas de hospital em Raqa, em imagem de 1º de outubro |
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, mencionou 200 integrantes. Ele disse que os combatentes saíram da cidade "com suas famílias e com centenas de civis (...) para um destino não revelado".
"As negociações continuam para retirar os estrangeiros, que pedem para viajar até os setores sob seu controle na província de Deir Ezzor" (leste), afirmou Abdel Rahman.
Mas um porta-voz das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), principal componente das FDS, negou a existência de uma negociação neste sentido.
"Desmentimos completamente qualquer tipo de negociação ou acordo para a saída do EI. No momento continuamos o combatendo", afirmou Nuri Mahmud à AFP.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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