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01/09/2010 - 13h52

Ao lado de Netanyahu, Obama condena ataque e lança alerta ao Hamas

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou duramente nesta quarta-feira o "assassinato sem sentido" na véspera de quatro israelenses, incluindo uma mulher grávida, perto de Hebron, na Cisjordânia. O ataque foi reivindicado por um braço armado do movimento palestino islâmico Hamas e ocorreu nas vésperas da retomada do diálogo de paz direito entre Israel e os palestinos.

Ao lado do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, Obama alertou o Hamas que violência não vai interromper seus esforços para buscar a segurança de Israel e um acordo duradouro de paz na região.

Netanyahu agradeceu as declarações de Obama e disse, logo após encontro na Casa Branca, que os assassinatos foram realizados por pessoas que "não respeitam a vida humana", "lançam os direitos humanos ao pó e destroem tudo a que se opõem".

Segundo o Exército de Israel, o carro com dois casais de colonos estava numa estrada perto do assentamento de Kiryat Arba, quando atiradores palestinos emparelharam e abriram fogo.

As vítimas, todas de uma mesma família, moravam no pequeno assentamento de Beit Hagai, ao sul da cidade de Hebron, um dos principais focos de tensão entre israelenses e palestinos.

O atentado foi visto como um duro golpe em meio ao clima de pessimismo na retomada do diálogo direto de paz após 20 meses, desde a ofensiva de Israel na faixa de Gaza. Os três lados, contudo, deram firmes declarações de que o ataque não vai abalar a nova rodada de negociações.

Obama deve manter também nesta quarta-feira uma reunião com o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, assim como com o líder do Egito, Hosni Mubarak, e o rei Abdullah de Jordania, que foram convidados por seus "papéis críticos" neste esforço de levar a paz ao Oriente Médio.

Mubarak e o rei da Jordânia não participarão do encontro de quinta-feira, mas Obama terá a oportunidade de pedir o apoio da Liga Árabe nesta nova tentativa de chegar à paz. Após as reuniões, será realizado o jantar na Casa Branca.

No dia seguinte, as negociações diretas serão relançadas formalmente com uma reunião que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, realizará com Netanyahu e Abbas.

Palestinos e israelenses se sentarão sem uma agenda prévia, a pedido dos EUA. Mas a lista de assuntos pendentes desde os Acordos de Oslo de 1993 é longa e inclui a demarcação das fronteiras, um acordo final com relação ao status definitivo, o status de capital de Jerusalém, os assentamentos, a situação dos refugiados palestinos e a repartição dos recursos hídricos.

IDAS E VINDAS

As negociações de paz lançadas em Annapolis (EUA), no final de 2007, estão estagnadas desde dezembro de 2008, quando os palestinos abandonaram o processo de paz após o início da ofensiva militar israelense contra a faixa de Gaza, que deixou cerca de 1.400 palestinos mortos, na maioria de civis.

Posteriormente, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, se negou reiteradamente a voltar à mesa de negociação enquanto Israel não paralisasse totalmente a ampliação das colônias judaicas e assentamentos na Cisjordânia, um dos pontos mais delicados do processo.

Em março passado, Abbas aceitou iniciar conversas indiretas de paz sem que se tivesse cumprido sua exigência, mas a aprovação da ampliação de uma colônia em Jerusalém Oriental, durante a visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, jogou por terra a possibilidade e originou a maior crise diplomática em décadas entre Israel e Washington.

Em visita à Casa Branca em julho, Netanyahu disse estar disposto a tomar passos concretos e seguir com o plano mediado pelos EUA de iniciar diálogo direto em setembro próximo. Ele não afirmou, contudo, quais seriam os requisitos israelenses, ou, ainda mais importante, o que Israel estaria disposto a ceder pelo diálogo.

As pressões diplomáticas se intensificaram nos últimos dias, já que em 26 de setembro vence a moratória de dez meses para a construção de assentamentos nas colônias judaicas da Cisjordânia.

 

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