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28/01/2011 - 14h14

Reformista está sob prisão domiciliar no Egito, dizem agências

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Fontes de segurança citadas pelas agências de notícias dizem que o reformista e Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, foi detido e está em prisão domiciliar no Egito. Não há confirmação do governo, que manteve silêncio até o momento sobre os protestos de dezenas de milhares de pessoas que foram às ruas protestar pela queda do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.

Os relatos são divergentes. Mais cedo, as agências de notícias relataram que ElBaradei estava detido em uma mesquita no centro de Cairo e que a polícia não permitia sua saída. A agência de notícias Associated Press, contudo, disse que ele e vários outros manifestantes não saíam do prédio por causa da nuvem de gás lacrimogêneo lançada pela polícia para dispersar a multidão no local.

ElBaradei não é uma figura de grande influência política no Egito, mas sua volta energizou os manifestantes e especula-se que ele poderia ser a voz unificada de vários grupos da oposição que participam dos protestos.

Mahemmed Abed/AFP
Reformista egícpcio e Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, é cercado por seus apoiadores; ele estaria em prisão domiciliar
Reformista egícpcio e Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, é cercado por seus apoiadores; ele estaria em prisão domiciliar

Ele foi diretor da agência nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) e voltou ao país na noite desta quinta-feira ao país, dizendo que estava preparado para liderar a oposição a Mubarak.

Quando ele se reuniu com 2.000 pessoas para as orações do meio-dia no Cairo, a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersá-los. Os agentes usaram ainda cassetetes contra alguns dos apoiadores do reformista que tentavam protegê-lo.

Encharcado, ElBaradei correu para se proteger na mesquita. Quando ele voltou para casa, afirma a Associated Press, a polícia parou do lado de fora e disse a ele que não poderia sair.

Mubarak, por sua vez, não foi visto ou ouvido desde que os protestos começaram na terça-feira passada (25). A imprensa diz que ele deve falar "logo", embora não tenha muitas opções para fugir da maior crise de seu governo.

O presidente, que assumiu em 1981, não disse ainda se vai concorrer às eleições presidenciais deste ano ou se seu filho --e provável sucessor-- vai. Mas suas forças de segurança mostram força na repressão dos protestos.

Há relatos de ao menos quatro mortos --três no Cairo e um em Suez--, outros 120 feridos e 300 detidos somente nesta sexta-feira. Nenhum dado oficial foi divulgado.

 

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