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Governo do Japão autoriza entrada no reator 1 de Fukushima
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DA EFE, EM TÓQUIO
A Agência de Segurança Nuclear japonesa autorizou, neste domingo, a operadora da usina de Fukushima a abrir as portas do reator 1 da central e que os técnicos comecem a restaurar a refrigeração da unidade, gravemente afetada pelo terremoto de 11 de março.
Por volta das 4h de segunda-feira, uma equipe entrará no local para medir os níveis de radiação.
O Governo confirmou que a emissão procedente da abertura das portas do reator 1 não representará um grande impacto às áreas que ficam no entorno.
A Tepco (Tokyo Electric Power) comunicou à agência que, na pior das hipóteses, a radiação que o prédio libera nas instalações será muito abaixo de 1 milisievert, o nível ao que uma pessoa se expõe durante um ano.
A legislação japonesa permite que os operários se exponham a até 250 milisievert anuais na situação de emergência de Fukushima.
Após comprovar que os níveis de radiação não causam perigo, os técnicos planejam começar a restabelecer a refrigeração do reator mais atingido após o terremoto e o tsunami de 11 de março.
Para isso, revisarão dentro do prédio as conduções de água e instalarão um dispositivo que registra o nível de água na válvula de contenção primária, informa a rede de TV "NHK".
Para esfriar o reator, Tepco prevê encher nos próximos 20 dias a válvula de contenção, que recobre a válvula de pressão onde ficam as barras de combustível, com 7,4 mil toneladas de água.
Segundo a elétrica, esse é o volume necessário para que a água fique acima do nível onde estão as cápsulas com barras de combustível.
A operadora da central, que fica a 250 quilômetros ao norte de Tóquio, estima que a estrutura do reator 1 pode suportar réplicas do terremoto de 9 graus de 11 de março com essa quantidade de água em seu interior.
Será a segunda vez que uma equipe entrará no recinto desde a explosão de hidrogênio que afetou a estrutura no dia seguinte ao terremoto e ao devastador tsunami.
A elétrica quer restabelecer os sistemas de refrigeração da central neste verão e levá-la a um estado de "parada fria" em um prazo de três a seis meses.
RESFRIAMENTO
Operários entraram na quinta-feira (5) no prédio do reator número 1 da central nuclear de Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão, pela primeira vez desde o tsunami.
A Tepco informou que iria instalar um dispositivo de purificação do ar para absorver as partículas radioativas, o que no momento dificulta as tarefas para resfriar o reator.
Usando máscaras, trajes protetores e pesados tanques de oxigênio, 12 operários da Tepco têm a missão de conectar um sistema de ventilação instalado na adjacente unidade de turbinas, mediante oito encanamentos.
Segundo informou a "NHK", os operários trabalharam em sistema de rodízio em grupos de três e cada um deles permaneceu apenas dez minutos dentro do edifício do reator para evitar uma exposição excessiva à radiação.
Os reatores 1, 2 e 3 de Fukushima Daiichi ficaram sem seu sistema de resfriamento pelo tsunami que alagou a central e a deixou sem eletricidade.
Dois operários, vestidos com trajes especiais e balões de oxigênio, entraram no prédio para acionar o sistema de ventilação e reduzir o nível de radioatividade, revelou um porta-voz da Tepco.
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