Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
03/04/2008 - 02h30

Terceiro mandato, educação, embriões, umbanda, porto, Simonal

da Folha Online

Terceiro mandato

"Quero cumprimentar o senhor vice-presidente da República pelo 'Primeiro de Abril' que pregou à sociedade brasileira. Embora pouco criativo, foi muito assustador."

ARMANDO DE MELO DUTRA (Belo Horizonte, MG)

*

"A entrevista do vice-presidente da República a uma emissora de rádio, reproduzida em todos os jornais, é preocupante. Primeiro, porque serve como um balão de ensaio para que membro do governo venha a público, de forma irresponsável, propor as mudanças do jogo democrático.
Segundo, porque, baseado nos índices de aprovação do governo Lula, querem perpetuar no poder este grupo político.
No dia em que elegermos um presidente que não tenha os índices de popularidade elevados, o devemos fazer? Tirá-lo logo em seguida?
Com tanto problemas que temos neste país, é um desserviço uma opinião como a do sr. José Alencar.
É de se perguntar como conseguimos viver tanto tempo neste país sem a onipresença e onipotência do sr. Lula?"

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luis, MA)

-

Educação

"Posso estar enganado, mas o próprio fato da Alerj oferecer um auxílio-educação de R$ 540 aos funcionários de gabinete que nela trabalham já caracteriza um desvio (legal) de dinheiro público. Os funcionários daqueles que deveriam trabalhar para melhorar a educação no Estado recebem dinheiro de impostos para pagar o ensino privado de seus filhos. Não existe prova mais cabal de que a educação vai mal e de que o dinheiro público, às vezes, é legalmente desviado."

CAIO PRIOR ROCHA (Araraquara, SP)

-

Embriões

"O advogado José Carlos Dias ('Tendências/Debates', 1º/4), que também foi presidente da Comissão de Justiça e Paz, teve a sinceridade e o profissionalismo de se manifestar em defesa das pesquisas com células-tronco embrionárias utilizando argumentos jurídicos muito bem fundamentados, mas também foram louváveis aqueles que partiram de sua fé.
Ao contrário de algumas figuras públicas que transvestem os fundamentos religiosos de seus discursos para dar-lhes caráter científico, José Carlos Dias usou explicitamente os ideais cristãos, arrematando brilhantemente seu artigo e manifestando sua esperança na 'justiça e na compaixão'.
Isso espera-se das lideranças religiosas, que se coloquem na arena pública para o debate honesto sem a pretensão arrogante de afirmar um pensamento único, que quer se impor à ciência e à sociedade.
A liberdade de pensamentos é uma planta frágil que precisa de muitos cuidados para crescer forte."

YURY PUELLO OROZCO, doutora em ciências da religião pela PUC-SP (São Paulo, SP)

*

"Três artigos do dia 1º/4 chamaram a atenção: 'O Supremo e a Vida', 'A inviolabilidade da vida humana' e 'Não sejas demasiado justo'
Claudio Fontelles desenvolve seu raciocínio a partir de uma premissa 'rápida e enfática' (daí precipitada!) de Lygia Pereira sobre o embrião: 'Ora, é claro que ele é uma forma de vida humana, assim como o feto, um recém-nascido e um idoso também são'. Quem aceita este princípio deve-se definir primeiramente quando estes três últimos são considerados mortos (sem vida) para, por exemplo, poder doar órgãos e tecidos. Pelo que me consta, juridicamente, é a morte cerebral, e os médicos se guiam por isto. Embrião não tem atividade cerebral! Portanto, a extensão da premissa não permite as conclusões do sr. Fontelles.
As colocações religiosas são mais perigosas pelo fato de inúmeras confissões se arrogarem a interpretar as intensões do 'criador'. Em questões científicas, religiosos e juristas sempre estão correndo atrás.
Fico com Rubem Alves: 'Não sejas demasiado justo'."

JURGEN JACOBSEN (São Paulo, SP)

*

"Como admirador de Rubem Alves, não foi sem tristeza e decepção que concluí a leitura de sua coluna de 1º/4. Como católico, não posso admitir a alcunha de absolutista conceitual, de déspota da lógica. A Igreja Católica ama o debate, perfila-se ao lado da democracia, defende, às vezes com riscos à própria incolumidade de seus membros, os mais altos ideais humanos. Não são raros na história da humanidade os exemplos de mártires torturados e mortos em defesa do próximo. Mas há valores sobre os quais não se pode transigir, princípios tão caros que não admitem exceções. E entre eles está o direito à vida, em qualquer forma ou condição. Um feto sem cérebro, desenvolvendo-se no útero materno, não é 'uma coisa sem vida', nem a 'escolha de Sofia' integra essa discussão. Assim, apesar das acrobacias de raciocínio que buscam induzir-nos ao contrário, continuamos, sr. Rubem, a defender com orgulho e escolher a vida."

FÚLVIO ANDRÉ DE MENA REBOUÇAS (São Paulo, SP)

-

Umbanda

"Tive a infelicidade de iniciar a leitura da reportagem no próprio jornal Folha de S.Paulo pelo texto 'Coração de Pombagira', e isso arrefeceu completamente o meu entusiasmo pela publicação da matéria. Nada nela, absolutamente nada, pode compensar o dano causado em nossa religião pela publicação dessa fantasia, talvez até odiosa."

FERNANDO M. GUIMARÃES, diretor espiritual do Terreiro do Pai Maneco (Curitiba, PR)

-

Porto

"O interessante projeto Porto Brasil, que o audacioso empresário Eike Batista pretende erigir em Peruíbe, possui, a meu ver, diversos temas que devem ser esmiuçados antes de qualquer liberação governamental.
São eles: 1) o trânsito na região sofrerá um grande impacto com o afluxo de caminhões numa rodovia que já se encontra no limite, havendo necessidade imediata de sua duplicação ou, então, da construção de uma nova, de grande porte, interligando a capital ao litoral sul (evitando-se passar por Parelheiros por questões ambientais); 2) Provocará poluição sonora e atmosférica substancial (decorrente de trânsito de caminhões e de operações industriais diuturnas), com impacto negativo no turismo e na qualidade de vida de Peruíbe e cidades vizinhas; 3) Uma vez reativada a linha de carga litorânea, sepultará de vez o VLT metropolitano que no máximo poderá chegar a Samaritá, vindo de Santos; 4) O empreendimento ficará muito próximo da estação ecológica Juréia-Itatins, e qualquer poluição no mar afetará inegavelmente a mesma e as praias de Peruíbe e Itanhaém; 5) Haverá competição direta com o porto santista (em processo de duplicação, com o projeto Barnabé-Bagres para até 200 milhões de toneladas/ano), distante apenas 70 km do futuro empreendimento; 6) Provável ocorrência de fluxo migratório populacional para a região em busca de oportunidades de trabalho, com geração de problemas sociais diversos; 7) Saturação da infra-estrutura urbana existente; 8) Especulação imobiliária ao redor do empreendimento; 9) Questão da aldeia indígena anhanguera (existente desde 1543) de 27,95 km2, que deverá fazer parte do Complexo Industrial Taniguá."

LUIZ FERNANDO PETTINATI HOMEM DE BITTENCOURT, geógrafo (Santos, SP)

-

Wilson Simonal

"O prezado ombudsman Mário Magalhães menciona em artigo na Folha de 30/3 que lamenta a reportagem sobre o documentário sobre Wilson Simonal, pois ignoraram reportagem feita por ele e omitem informações de 1974, onde consta que Simonal agredira seu contador; e que, em 1976, num acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o meritíssimo afirmava que Simonal era 'informante do Dops'.
Muito bem, o que é convenientemente esquecido pelo ombudsman é que no dia 28/8/91 houve a emissão de uma certidão assinada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da Republica, na pessoa do sr. Sebastião Nunes (diretor-adjunto), onde aparece, para quem quiser ver e ler, que 'nada, absolutamente nada, existia contra Wilson Simonal'. Em 30/6/98, o Centro de Inteligência do Exército emitiu uma certidão, assinada pelo coronel Carlos Pereira Gil (do quadro de Engenheiros Militares, chefe da Sessão de Documentação da Assessoria de Inteligência do Gabinete do Ministério do Exército), onde se consigna que 'nada consta a respeito de atividades de informante do requerente...'.
Em 26/1/99, existe uma declaração do sr. José Gregori, na ocasião secretário de Estado dos Direitos Humanos, que certifica que: 'O Serviço Nacional de Inteligência informa que não foram encontradas na documentação deixada pelo extinto SNI anotações que apontem o interessado como colaborador, servidor ou prestador de serviço, mesmo como informante dos referidos órgãos durante o regime de exceção vivido no país'.
Se o sr. Mário tem a missão, como ombusdman da Folha, de criticar o jornal sob o ponto de vista dos leitores, é preciso que no mínimo o faça sem esquecer de ir mais a fundo e mencionar estas outras verdades que estão firmadas em documentos de domínio público. Até porque, se a reportagem da Folha do ano de 2000 foi assinada por ele (hoje ironicamente ombusdman), embarque no bonde da história e não perca a oportunidade que a vida está lhe dando de se redimir de informações falsas e maldosas. Lembre-se o senhor ombudsman: ele é jornalista, e não juiz. Jornalismo se faz com responsabilidade, e não com suposições.
Também aguardo democraticamente que esta carta seja oportunamente abordada, pois fico muito triste e indignado em constatar que a Folha gosta de publicar apenas o que lhe é favorável."

ODILON MELLO JUNIOR (Ribeirão Preto, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página