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06/09/2008 - 02h30

Lula e o fumo, garra, Santos e Leão, presos, Nestlé, vacina

da Folha Online

Lula e o fumo

"É difícil acreditar que um presidente da República tenha dito que é a favor do fumo em qualquer lugar. Ou foi uma brincadeira de péssimo gosto ou estava fora do seu estado normal. Qualquer pessoa, seja fumante ou não, sabe dos males causados pelo fumo. Até 21 de agosto de 1996 eu fumava cerca de dois maços de cigarro por dia. Como todo fumante responsável, eu tinha o maior cuidado em não fumar em ambientes fechados e saía da minha sala de trabalho para fumar ao ar livre. Era uma agonia. Mas saber que eu estava preservando a saúde de outras pessoas já era um consolo para compensar a estupidez do meu vício. Se não tivesse deixado de fumar, tenho certeza de que já teria morrido asfixiado. Assim sendo, depois de sentir durante anos o efeito nocivo da fumaça sufocante do cigarro, não posso admitir que uma pessoa lúcida, fumante ou não, defenda o falso direito de poder fumar em qualquer lugar."

WILSON GORDON PARKER (Rio de Janeiro, RJ)

*

"O presidente Luta tem razão quando afirma que só os viciados fumam. Ocorre que os não-fumantes também adoecem, adquirindo toda sorte de doenças pulmonares como enfisema, bronquite, câncer, doença obstrutiva crônica por causa da liberdade que se dá ao viciado."

MONIKA SCHMIDT (São Paulo, SP)

*

"O presidente Lula perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado quando declarou ser a favor de se fumar em qualquer lugar e que só fuma quem é viciado. Esta declaração só expõe a sua ignorância sobre o assunto, além de desqualificar um esforço legítimo que os governos estadual e federal têm feito para proteger a saúde do cidadão contra o tabagismo passivo. Há poucos dias a Folha noticiou resultado de pesquisa inédita realizada pelo Inca, que revela que pelo menos sete fumantes passivos morrem a cada dia no país por doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do cigarro. Será que só o nosso ilustre presidente não leu a notícia?"

LIZIA DE OLIVEIRA FONTES GASPERIN (Viena, Áustria)

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Garra

"Que me perdoe o grande goleiro Júlio César, mas Lula está com a razão quando diz que falta aos jogadores brasileiros a garra dos jogadores argentinos.
Que não se sintam ofendidos, porém, nossos jogadores, pois a falta de garra não está restrita a essa categoria de brasileiros.
Ela é uma triste característica do nosso povo, que docilmente aceita ser passado para trás, sem nenhuma reação.
Os sucessivos e gravíssimos escândalos envolvendo o atual governo, do mensalão à grampolândia, não foram motivos suficientes para fazer com os brasileiros saíssem às ruas para um simples panelaço argentino.
Não brigar pela bola é apenas um sintoma menor de nossa falta de garra."

RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

*

"Impressionante a revolta do goleiro Júlio César contra o presidente Lula, que, como torcedor que é, simplesmente criticou, e com razão, a falta de combatividade verificada em boa parte dos jogadores que tem servido à seleção brasileira de futebol. Pesquisei a vida do goleiro, o qual tem alguns títulos nacionais e internacionais de clubes, mas isso não o credencia a desrespeitar torcedor que critique sua equipe, quanto mais desrespeitar o presidente da República. Em outros tempos, isso daria um galho, mas graças a Deus vivemos a democracia, e Lula, que fará 63 anos em outubro, não deve estar querendo o lugar do Júlio no gol. Até porque o presidente joga no meio do campo e, se bobear, com mais vontade do que muitos ditos profissionais escalados na seleção."

EDSON SILVA (Campinas, SP)

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Santos

"Lamentável e covarde a agressão sofrida pelo ex-goleiro e técnico Émerson Leão, vítima de uma emboscada por supostos torcedores do Santos na Vila Belmiro. Isso demonstra o estágio de barbárie em que vive o futebol brasileiro. Ao invés de torcedores que amam seus times, essas pessoas são verdadeiros marginais que não tem o mínimo respeito pelo ser humano e pela vida alheia. Fatos como esses jamais deveriam ocorrer. O Santos deveria ser punido, juntamente com os autores da covarde agressão sofrida por Leão."

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Presos

"Gostaria de parabenizar o jornalista Janio de Freitas pelo artigo 'Submundo' ( Brasil, 4/9) pela maneira como aborda a questão dos três rapazes presos por terem confessado, sob tortura, um crime não cometido. Dois longos anos presos, afastados de família, trabalho, amigos e com a pecha de criminosos caindo sob suas cabeças. Junto, a notícia de que 9.000 presos no país inteiro com sentenças cumpridas esperam sua libertação.
Essa é a democracia que ajudamos a implantar no país depois de mais de 20 anos de ditadura? Essa é a democracia fruto da 'Constituição Cidadã' de 1988? A mesma democracia que permite uma menina ser objeto sexual de presos homens por ser colocada na mesma cela que eles? A mesma na qual uma mulher acusada de roubar um xampu sai da prisão com a perda de uma vista depois de violência ali sofrida? Não há espaço para relatar tantas injustiças da Justiça desse país. País pelo qual tanto lutamos durante os anos negros do regime ditatorial para mudar sua feição e torná-lo mais justo. Será que fracassamos?
E, há pouco tempo, tanta gritaria sobre o uso 'indevido' de algemas, por terem sido usadas em alguns colarinhos brancos!
Acho que fracassamos!"

JOSÉ CARLOS MOREIRA DE MELLO (São Paulo, SP)

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Nestlé

"É evidente que o sr. Ivan Zurita utilizou de todos os sofismas do mundo para manipular sua resposta a Elio Gaspari. Fica evidente também que só aqui no Brasil a lei protege os aristocratas, multinacionais e poderosos a fim de que eles soltem produtos com pesos em embalagens enganosas. Uma vergonha para os ideais de Henry Nestlé. Em qualquer país sério, Europa ou EUA, a Nestlé brasileira já estaria sendo processada pelo Ministério Público local por atentado direto ao consumidor.
Uma vergonha. Toda a semântica de Zurita não engana nem um analfabeto, que, em mercados de periferia, sabe desses golpes baixos. Eles só não protestam mais pois sabem que não tem saída, que não haverá solução."

ALEX GUTENBERG (São Paulo, SP)

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Dança do policial

"Não vejo motivo para tanto estardalhaço em torno da dança de um soldado da PM de São Paulo. Sou contra a punição ao soldado Queiroz, cujo vídeo está sendo divulgado no Youtube. Mesmo ele estando de serviço, não vejo nada demais. Pelo menos, a pessoa está feliz. Dançar relaxa os músculos e faz bem para a mente. Nossa polícia está precisando mais de dança e descontração do que de truculência. Se nossos policiais dançassem e se soltassem, quem sabe não haveria tantas mortes de pessoas inocentes.
Além do mais, quem deveria ser punido são os maus policiais, os corruptos e seus chefes. Infelizmente, as pessoas de um modo geral nesse país só mostram interesses em coisas supérfluas, que em nada acrescentam para a melhoria da qualidade de vida, para que o país dê um salto para frente e não para trás.
Vejo com tristeza apenas um interesse exagerado em debater grampos, escutas telefônicas, coisa corriqueira em todos os países, já que faz parte da segurança, dos aparelhos de inteligência dos governos.
Que tal um debate sobre eleições, juventude alienada, miséria, exclusão, fome, cultura, saúde, educação, transportes públicos via internet, mídia, forças armadas, polícia, políticos, sociedade?"

RENATA RODRIGUES (São Paulo, SP)

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Vacina

"Os artigos citados na Folha em 4/9 são totalmente irrelevantes para o Brasil, pela população amostrada, uma população com alto nível econômico e de assistência médica.
A vacinação no Brasil é pública e gratuita. Cerca de 14 milhões de maiores de 60 anos são vacinados anualmente, sem distinção de poder aquisitivo. Os que tem menos recursos são os que mais procuram os postos de saúde. Atingimos a mais de 90%, com uma sensível redução da pneumonia, que exige hospitalização, e que contribui para a mortalidade dos idosos. A partir de 2010, quando a vacina será totalmente produzida pelo Brasil, usará um novo adjuvante descoberto pelo Butantan, o que permite usar um quarto da dose, reduzindo os custos. Com os mesmos recurso o Ministério poderá vacinar as crianças de idade escolar. Como foi demonstrado nos últimos 20 anos no Japão e agora nos Estados Unidos, a vacinação escolar protege as famílias, que recebem os vírus das crianças, reduz consideravelmente a pneumonia e a otite média infantil que causa a surdez permanente.
A atual campanha visa introduzir no Brasil e outros países com menos recursos a vacinação com a vacina 7-valente de pneumonia, que não protege totalmente as crianças e adultos, apenas aumentando a pneumonia de outros sorotipos, a um 'modesto' custo de US$ 800 milhões por ano, 72 vezes maior do que o custo da vacina de influenza. Em colaboração com a Universidade de Harvard, devemos brevemente testar uma vacina contra pneumonia que custará 25 vezes menos do que a vacina 7-valente e esperamos que seja mais eficaz."

ISAIAS RAW, presidente da Fundação Butantan (São Paulo, SP)

 
 

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