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08/12/2009 - 02h30

Flamengo, futebol, corrupção, precatórios, Pondé

da Folha Online

Flamengo

"Ao contrário do que diz o leitor Pedro Garcia ('Campeonato Brasileiro', 'Painel do Leitor', 7/12), quem nega ao Flamengo o título de 1987 não são os paulistas, mas, sim, a carioquíssima CBF. Aliás, com razão, já que o clube se recusou a cumprir o regulamento do torneio naquele ano. O São Paulo conquistou seus seis títulos brasileiros no campo de jogo e não precisou se autodeclarar campeão em nenhuma das suas conquistas.
Quanto às acusações de provincianismo aos habitantes da mais cosmopolita das cidades do hemisfério sul, devem-se à mal dissimulada baixa autoestima dos cariocas, talvez por conta da mais recente piadinha a respeito da cidade feita pelo ator americano Robin Williams, sem dúvida um paulista disfarçado."

CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)

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"No dia seguinte à conquista do Flamengo, somos obrigados a ler o comentário do sr. Pedro Garcia, cheio de soberba e chamando os paulistas de provincianos. É estranho, vindo de um torcedor cujo time não ganhava nenhum título importante em quase 20 anos. Não lembro de ter lido comentário tão ressentido quando das recentes conquistas do São Paulo. Aliás, tricampeonato consecutivo, esse sim um título inédito que o 'imperial' Flamengo dificilmente será capaz de ter.
Quem será mesmo que é provinciano?"

IVONETE DOMINGUES (São Paulo, SP)

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Futebol

"Diante da selvageria de seus 'torcedores' ('Briga campal marca jogo em Curitiba', Esporte, 7/12), o Coritiba deveria ser suspenso de qualquer competição esportiva por pelo menos um ano, e se jogar no próximo ano deveria ser com o estádio vazio. Será que os boçais acreditavam que na última rodada o time poderia não ser rebaixado? Depois de 37 rodadas acreditar num único jogo é o mesmo que esperar Papai Noel descer pela chaminé."

SÉRGIO RICARDO PINHEIRO NUNES (São Carlos, SP)

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Corrupção

"De acordo com a opinião de uma psiquiatra, a corrupção é uma doença incurável. Sendo assim, todo aquele que comete pequenos desvios poderá ser um grande transgressor, assaltando nossos cofres. Sempre que estiverem em cargos onde haja disponibilidade de fraudar ou roubar, o farão. Esse é o mais forte argumento para que o Congresso aprove a lei, que emana da nossa sociedade, impedindo que candidato com ficha suja possa ser eleito. Cortando o mal pela raiz, talvez possamos ter parlamentares, prefeitos e governadores mais honestos. Assim, poremos a salvo os cofres públicos deste país."

ODILÉA MIGNON (Rio de Janeiro, RJ)

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Precatórios

"No artigo 'Um Estado permanentemente imoral' ('Tendências/Debates', 7/12), o jurista Ives Gandra, comentando a nova (a quarta) PEC dos precatórios, informou que em Portugal e nos Estados Unidos houve um verdadeiro escândalo quando ficaram sabendo que os governos no Brasil não pagam as dívidas a que foram condenados pela Justiça.
O espanto não se dá apenas nesses dois países. No resto do mundo, os magistrados sequer entendem o nosso calote constitucional. Nesta matéria, convém ler o que escreveu o hoje ministro do STJ, Sidnei Beneti: em recente reunião com juízes integrantes da 4ª Comissão de Estudos da União Internacional de Magistrados, que se reúnem anualmente para os estudos de temas de direito público, perguntei qual o procedimento em seus países para a execução das condenações judiciais para pagamento pela Fazenda Pública. Perplexos, juízes alemães, norte-americanos, canadenses, ingleses e ibéricos nem mesmo entendiam a pergunta, pois a questão não lhes integrava as preocupações profissionais. Tive de explicar melhor: 'Se o governo é condenado a pagar, por exemplo, devido a desapropriações, ou a servidores cujos vencimentos venha pagando a menor, ou no caso de indenização decorrente de acidente de veículo, como executar a sentença judicial?'.
Explicaram-me que a hipótese era desconhecida, pois, se a administração era condenada a pagar, ao tomar conhecimento da sentença simplesmente pagava.
Insisti: 'Pois bem, imaginemos a hipótese, por absurdo, de que o governo não pague, o que ocorre?'.
Neste caso, responderam, a mídia interviria, haveria movimentos de opinião pública, o governo cairia no descrédito, o governante teria que renunciar e seria banido da vida pública'.
Como isso tudo é informação sobre moralidade jurídica, devemos lembrar que a atual PEC, já aprovada pela Câmara dos Deputados e de volta para o Senado, foi objeto de lobby dos governadores e prefeitos encabeçados e articulados pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Trata-se, pois, de retenção de recursos para sustentar a corrupção, salvo raras exceções. Fico estarrecido ao verificar que se utiliza o direito constitucional para proteger essa falcatrua contra a moralidade pública, que começa no calote aos credores e termina, em muitos casos, nas cuecas e nas meias de políticos corruptos."

SAULO RAMOS (São Paulo, SP)

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Pondé

"Há tempos não lia tamanha bobagem vulgar e de um essencialismo mais rastaquera como no texto 'As feias e os covardes' ( Ilustrada, 7/12), de Luiz Felipe Pondé. Qualquer leitor mediano, mergulhado no senso comum mais raso, teria escrito rigorosamente o mesmo. Felizmente, não teria tido espaço na mídia.
Será que a Folha poderia caprichar um pouco mais na escolha de seus colaboradores? Tem coisa bem melhor no meio acadêmico. Agora, permitam-me uma adivinhação: o sr. Pondé responderá às críticas dizendo que só podem ter sido feitas por 'feias' e/ou 'covardes'. Vale uma aposta."

LÍLIAN HONDA (São Paulo, SP)

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Enem

"Depois do fiasco que foi essa prova do Enem ('Abstenção no Enem, de 39,5%, é recorde', Cotidiano, 7/12), com custos adicionais de mais de R$ 100 milhões ao país, será que esse governo, de propaganda farta, assumirá a sua incompetência na área da educação? Ou gastará mais alguns milhões de reais em marketing para enganar os mais desatentos da real situação de nossa educação?
O ministro Haddad deveria pedir demissão, pois se nem sequer uma provinha para vestibulandos seu ministério abarrotado de militantes esquerdistas consegue realizar, o que dizer da responsabilidade de fazer o país avançar em tão fundamental área para o futuro do Brasil?"

SANDRO FERREIRA (Ponta Grossa, PR)

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Vestibular

"Gostaria de entender o motivo pelo qual as faculdades e universidades brasileiras estão à procura de velocistas em vez de alunos. O que parece é que todo o esforço em estudar o imenso conteúdo exigido de nada vale, pois, quando somos avaliados, não é a dificuldade das provas que pesa, mas, sim, o tempo.
De que adianta uma prova que não seleciona quem é melhor preparado? De duas uma: ou todo o conteúdo supérfluo é abandonado de uma vez por todas ou as escola de ensino superior honrem o nome e realmente avaliem quem tem capacidade, não quem tem sorte."

NASSER NASBINE RABEH (Ribeirão Preto, SP)

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Assalto

"Mais um assalto (Folha Online, 7/12) a uma empresa de guarda de valores, onde os bandidos levaram R$ 10 milhões. Junte isso ao recente assalto na Anhanguera, e o crime organizado já conseguiu R$ 15 milhões destas empresas de guarda e transporte de valores.
Como os assaltantes conseguem realizar o mesmo tipo de assalto várias vezes? Um túnel cavado a partir de uma casa alugada ao lado da empresa e ninguém desconfia? Não seria mais fácil a polícia monitorar os novos aluguéis próximos a estas empresas? Ninguém nunca desconfia de nada?
Sugiro que a polícia, caso, por milagre, consiga prender estas quadrilhas, que aprendam com eles sobre organização e inteligência, e que os responsáveis pelas empresas de valores aprendam algo também. É muita incompetência junta!"

FABIO MOURA (São Paulo, SP)

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Violência

"A Praça Roosevelt, até então, era um milagre no centro de São Paulo, com seus teatros e bares, circuito de pessoas criativas e inteligentes, verdadeira frente de resistência à degradação moral e social da região.
Tudo por iniciativa dos comerciantes e dos artistas, com a ausência total do Estado, na questão da segurança principalmente. Viciados, bandidos e traficantes há muito tempo desgraçam o centro de nossa cidade, graças à total inércia e descaso dos nossos (des)governantes.
O episódio triste com o teatrólogo Mário Bortolotto ('Ato público faz homenagem a dramaturgo Mário Bortolotto', Ilustrada, 7/12), lá na praça, só nos faz ver que esta cidade está entregue aos bandidos e que eles circulam impunes, dizimando gente de bem. Segurança e policiamento só se vê nos bairros onde moram nossos outros predadores, os políticos, ou porque não dizer, o outro lado da degradação moral e social em circulação."

RITA DE CÁSSIA LUSTOSA MESSIAS BARRENSE (São Paulo, SP)

 
 

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