Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
02/05/2010 - 02h30

Anistia, lista, bactérias, igreja, mães

da Reportagem Local

Anistia

"Deplorável a decisão do STF a respeito da Lei da Anistia ('Por 7 votos a 2, STF mantém Lei da Anistia sem alteração', Brasil, 30/4). À exceção de dois bravos integrantes, os demais confundiram o ato de anistiar torturadores com o de praticar sabedoria na busca de harmonia social, descambando daí para a prática de um ato de pusilanimidade.
Contribui, assim, a 'magna corte' de Justiça, para a fixação na mente de grande parte dos brasileiros, e dos demais povos do globo, que, aqui no Brasil, em nome da paz social, se pratica a leniência na aplicação da justiça.
Nesta mesma Folha pode-se ler a entrevista do popular artista Zeca Pagodinho ( Cotidiano, 30/04), que declara não gostar de sair do Brasil, porque no exterior, ao se saber que alguém é brasileiro, se tenta fazer com ele toda a sorte de sacanagens; isso em razão de experiências colhidas por ele em suas oportunidades de viagem e, naturalmente, em razão desse rótulo de pouca seriedade que todo o povo deste país acaba recebendo, dada a ocorrência de casos como o aqui abordado.
Nestes últimos dias, tomamos conhecimento da prática de tortura em dependências da Polícia Militar, por motivos fúteis. Em vez de se seguirem as normas legais cabíveis, internam os detidos em quartéis da PM e toda a sorte de violência física é praticada, até alcançar-se a morte, fato reconhecido pelo próprio secretário da Segurança deste Estado, conforme divulgado pela imprensa.
A tortura é e não poderia deixar de ser um ato abominável, intolerável e ultrasselvagem. Jamais perdoável e imprescritível. Inadmissível em quaisquer circunstâncias."

JOSÉ ROBERTO BENETI (São Paulo, SP)

*

"Digo aos senhores ministros do STF que equiparar torturados a torturadores é um escárnio, um contrassenso, um absurdo. Legitimar a brutalidade e a covardia de torturadores depõe contra o Brasil que se diz civilizado, maduro e mudado. Perdoar torturadores é o mesmo que perdoar sequestradores, assassinos, estupradores e assaltantes. Colocar vítimas e torturadores no mesmo balaio é um insulto, uma piada de mau gosto, uma decisão equivocada, melancólica e cínica, que ofende a dignidade e a inteligência do povo e da nação."

VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)

-

Lista

"Essa lista da 'Time' só pode estar muito defasada. Jaime Lerner como uma das cem pessoas mais influentes do mundo? Só pode ser piada. O homem que vendeu as estradas do Paraná para os seus amigos em troca do pedágio mais caro do Brasil, fez um negócio com o Itaú na venda do Banestado --que foi desastroso para os paranaenses-- e ainda mudou seu domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro --pois no Paraná não seria eleito nem para síndico de condomínio--, não influencia mais ninguém."

SANDRO FERREIRA (Ponta Grossa, PR)

-

Bactérias

"Na Folha de 29/4, numa foto, três cozinheiros do mais badalado ranking mundial de restaurante aparecem vestidos de avental preto, por sinal o 'uniforme' mundial de cozinheiros, copeiros, garçons etc.
No início da era dos cirurgiões, em que eles vestiam aventais longos e pretos, o número de pacientes que morriam de infecção era enorme, e o avental abrigava sangue, bactérias e fungos, além de outras 'sujeiras' que não apareciam.
Será que se fizermos uma pesquisa entre aqueles que utilizam esses aventais não encontraremos nada prejudicial à saúde?"

GEORGE BITAR, médico (Santos, SP)

-

Igreja

"Gostaria de dizer para o dr. Jorge Alberto de Oliveira Marum ('Igreja e adoção', 'Painel do Leitor', 30/4) que a Igreja Católica tem todo o dever sim de orientar os católicos sobre o que é certo e o que é errado do ponto de vista religioso. Ela tem autoridade para isso. Agora, quando ela emite ensinamentos, é para os católicos; os que não são católicos não precisam nem dar ouvidos, como é o caso do dr. Marum, podendo, assim, fazer o que lhe convier, até se unir a outro do mesmo sexo, se for esta a sua vontade.
Quando a igreja emite opinião, também é um direito que tem, o mesmo direito que tem o sr. Marum de opinar sobre os assuntos que quiser.
Por que todos nós podemos emitir opinião e os bispos não poderiam? Ensinamento católico --eu sigo porque sou católico-- e opiniões, concorda com eles quem quiser concordar."

FLÁVIO CARDOSO (Guariba, SP)

*

"A CNBB surpreende ao se imiscuir em temas de grande repercussão na vida política e social dos brasileiros, e não hesita em se manifestar, seja no Legislativo, no Executivo ou no Judiciário.
Surpresa maior, entretanto, é ser a CNBB uma das arregimentadoras da campanha dos 'Fichas limpas', já que não faz questão de ficha limpa entre os seus membros e oculta (com isto protegendo) os que se atrevem a --dos seus púlpitos e dizendo-se porta-vozes da divindade--, mentir e enganar, proclamando-se arautos da moral, dos bons costumes, do direito, da justiça e da liberdade, enquanto abusam sexualmente de crianças e adolescentes. Talvez devêssemos prestar mais atenção à vida dos padres políticos."

ELZA GALDINO (Florianópolis, SC)

*

"Estarrecedora a manifestação da CNBB contra a histórica decisão do STJ de reconhecer o direito das cidadãs lésbicas Luciana e Lídia de adotar, como casal que são, as crianças que já se encontram sob a guarda da primeira delas.
Ao atacar a decisão, a Igreja Católica apenas mostra o abismo que existe entre os seus preconceitos e a vida real. Também se dependesse dela, o divórcio não seria possível e a única forma de evitar a Aids seria a abstinência sexual; mesmo a prática heterossexual entre cônjuges só aconteceria com finalidade reprodutiva. O prazer é pecaminoso e proibido.
O resultado de tudo isso pode ser visto nos sucessivos escândalos envolvendo a prática de pedofilia por padres e bispos e a proteção dispensada pela igreja aos perpetradores desses atos. Um milhão de vezes melhor uma criança ser criada por duas pessoas decentes de orientação homossexual do que cair nas garras de gente como aquele monsenhor de Arapiraca, em Alagoas."

GERARDO XAVIER SANTIAGO (Rio de Janeiro, RJ)
p(division).-

Mães

"Confesso, com toda sinceridade do mundo, que não entendi o artigo 'Perdão às mães' ( Equilíbrio, 29/4), de Rosely Sayão. Não entendi se foi escrito em tom de ironia ou se era um desabafo de quem sempre primou pela crítica construtiva em relação às mães, mas que está meio cansada de tanto bater na mesma tecla.
Sinceramente, fiquei em dúvida! Acho que o artigo está muito bem escrito, como sempre acontece em tudo o que Rosely Sayão escreve! Mas, se o pedido de desculpas é sincero, não concordo com o artigo. Não existe motivo para se desculpar conosco, mães (embora eu seja da geração anterior, pois já sou avó)!
Logo, prefiro achar que tudo o que foi escrito foi em tom de ironia, pois não tem cabimento um pedido de perdão, quando o objetivo é o melhor possível: ajudar as mães a educar seus filhos, principalmente essa nova geração, que convive com uma mídia do século 21, onde aprendem coisas que nós, do século passado, só aprendíamos quando éramos jovens, ou, até mesmo, adultos!"

ANTONIA TAVARES S. RODRIGUES (Vinhedo, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página