Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
09/10/2010 - 02h49

Nobel, eleições, Água Branca

DE SÃO PAULO

Nobel de Llosa

Não foi surpresa --a não ser para ele-- a escolha do escritor peruano Mario Vargas Llosa para o Nobel de Literatura. Ele deve ter se surpreendido, sim, ao contrário do que pareceu à professora Laura Janina Hosiasson, pois ele estava seguindo a mesma trilha de outro escritor sul-americano, o argentino Jorge Luís Borges: a de eterno injustiçado.
Pelo que escreveu em seu artigo, a ilustre professora não deve ter lido toda a obra de Llosa, pois, ao contrário do que ela afirma, ela, a obra, não "contém ideias fracas, lugares-comuns e conciliadores". Não foi isso que eu li em "A Guerra do Fim de Mundo", que aborda Canudos (e Llosa veio morar no Brasil para escrevê-la); em "Conversa na Catedral"; em "La Fiesta del Chivo", sobre o ditador Rafael Trujillo (Llosa, igualmente, morou na República Dominicana para escrevê-la); em "El Paraiso en la Otra Esquina", em que fala de Gauguin e Flora Tristán, e no magnífico "Travesuras de la Niña Mala". E muitos outros: "Lituma en los Andes', "A Casa Verde", "Pantaleón e as Visitadoras", "Tia Júlia e o Escrevinhador", "Elogio à Madrasta", "Os Cadernos de Dom Rigoberto" e no mais recente "El Viaje a la Ficción", em que aborda a obra de outro sul-americano, Juan Carlos Onetti.
Parabéns à Academia. Fez-se justiça.

SILVIO ARTUR DIAS DA SILVA (Campinas, SP)

-

Eleições

Estranha a atitude do PT nas propostas e nos programas de sua candidata para o segundo turno. Antes era sisuda e se mostrava a favor do aborto . Mas agora, como caiu nas "pesquisas", está cheia de sorrisos e muda de ideia. Isso mostra bem que "propostas de governo" não são tão interessantes assim. O que interessa é ganhar as eleições.

RUBENS SAYEGH (São Paulo, SP)

*

Tenho o mesmo sentimento que Bárbara Gancia após as eleições, o de desânimo. Os dois candidatos à Presidência, favoráveis a descriminalização do aborto, não podem expor suas ideias porque a Igreja Católica e as evangélicas, com o obscurantismo de praxe, rejeitam até a discussão do tema. Esses fiéis são impedidos de ter acesso a informação por suas igrejas e praticam um voto de cabresto. Não tenho dúvida de que o Irã é aqui.

MARA CHAGAS (São Paulo, SP)

*

Também sou da opinião de que os candidatos a cargos públicos tenham seu passado conhecido pela população. Só não pode haver hipocrisia. Quando Marta questionou sobre Kassab, se era casado etc., foi crucificada, inclusive pela colunista Danuza Leão .
Agora acham que a Dilma tem que contar até o nome do cão de estimação. Coerência é bom.

MARCOS TEIXEIRA DE SOUZA (Barra Bonita, SP)

*

A eleição do Tiririca vem confirmar o alto grau de democracia que atingimos e estamos vivendo no Brasil e serve como exemplo para o mundo. Aqui todos somos iguais perante a lei, o cidadão é livre, independente de sua origem, profissão ou grau de instrução, e a eleição para nós e um ato de cidadania, que permite que no Parlamento todas as camadas da sociedade possam ser representadas, muito embora os críticos assim não entendam.
O fato de ser qualificado como analfabeto não impede que Tiririca, agora já eleito, deixe de representar e expressar o pensamento do seu eleitorado, que o elegeu por livre opção (isto é um privilegio que nos dá o Estado democrata), pois quem o escolheu viu nele um autêntico líder, de origem humilde, homem simples e sincero como muitos brasileiros, e que em momento algum usou de meios escusos, ilusórios e contrários a moral, com falsas promessas, prática comum dos políticos corruptos, letrados e endinheirados, que à custa do "cofre" do Estado mantém o seu "curral" eleitoral, e se perpetuam no poder se reelegendo ou ocupando cargos.
Estamos avançando democraticamente e isso dói para os falsos moralistas conservadores, que veem nisso "evaporarem-se" os seus privilégios.

ELIAS BENEDICTO (São Paulo, SP)

*

Faltando dias para o primeiro turno destas eleições, o PT entrou com recurso no Supremo solicitando que não se exigisse dois documentos para votar. A solicitação foi acatada.
Agora, no Brasil, para tirar passaporte ou para participar de qualquer concurso público é necessário que se apresente o título de eleitor, inclusive comprovando que votou nas últimas eleições. Mas para votar não é mais necessário!
Viramos chacota perante o mundo. O PT deve estar radiante de alegria. Eles adoram manchar nossa imagem no exterior.

ATAHUALPA RICARDO RIZZO (Rio de Janeiro, RJ)

-

Água Branca

Em relação à reportagem "A destruição do Parque da Água Branca", quero também dar meu depoimento, já que passo pelo parque todos os dias, atravessando a mata que foi limpa na reforma. Ademais, sou paisagista e urbanista.
A desculpa dada pelo diretor paisagista do parque foi de que ele será aberto até as 22h e a mata densa o deixa perigoso, argumento com o qual concordei. Depois, foi feito um caminho de um metro de largura, pavimentado com pedriscos e, finalmente, todo o canteiro foi recoberto com florzinhas rasteiras cobrindo a terra. No dia seguinte, havia congestionamento sobre o pedrisco que, aliás, é incômodo para caminhar.
Há muitos anos assisti uma palestra de Plinio Marcos sobre os espaços públicos, onde o teatrólogo falou que eles não deveriam ser regulamentados. Nesse espaço monitorado somente os "bonzinhos e bem comportados" podem utilizar, deixando de ser um local de descompressão, tão útil para relaxar. O espaço vazio sem regras estimula a imaginação, a criação e o bom humor.
Não entro no parque para fazer ginástica ou correr. Quero andar sobre a terra, tocar as árvores, conhecê-las com as mãos, gozar de sua sombra.
A monitoração deveria se no sentido de impedir carros de entrarem dentro do parque, atrapalhando os pedestres usuários, pois existem ruas para os veículos.
A reformulação do parque é necessária, o qual estava completamente abandonado e descuidado. Informaram-me que não tinha sequer um jardineiro.
Apenas devemos fugir de uma filosofia muito perigosa, aquela que diz que o que não é proibido é obrigatório.

IRACEMA MIGUEL (São Paulo, SP)

*

Os professores da USP escreveram um artigo intitulado "A destruição do Parque da Água Branca" que assusta ao bater o olho na página da Folha, e só se limitam a criticar a "ampliação de lugares destinados a exercícios físicos", um possível fim da Casa do Caboclo e a "desruralização" do local. Haja paciência!
O parque é muito mais do que isso. O parque é, sim, dos idosos (que merecem um espaço só deles), dos atletas, das crianças e dos professores de estética, literatura e sociologia. E precisa urgentemente atender bem estas pessoas, com reformas que agora começam a serem feitas. Que os "sábios" não atrapalhem.

DANILO VICENTE (São Paulo, SP)

-

Greve

Será que os bancos darão algum desconto nas taxas mensais cobradas dos clientes pelos dias fechados devido a greve de seus funcionários?

CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página