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15/12/2010 - 02h30

Bingos, chuvas, Maluf, Internacional, WikiLeaks

DE SÃO PAULO

Bingos

Os argumentos do presidente da Abrabin, Olavo Sales, de que nenhum lavador de dinheiro vai querer atuar nos bingos devido à fiscalização e que sua legalização criaria 250 mil empregos, mais R$ 7 bilhões anuais em tributos, são tão confiáveis quanto uma nota de R$ 3.
Senão, vejamos: o Baú da Felicidade, que explora bingo a pretexto de vender títulos de capitalização, parece que foi muito bem fiscalizado, a ponto de associar-se à Caixa Econômica Federal, antiga e prestigiosa instituição de crédito voltada aos mais pobres; a alocação de 250 mil pessoas numa atividade improdutiva retira bilhões de circulação, em detrimento do comércio em geral, para encher a burra dos urubus do orçamento e bolsos e cuecas.
Por fim, cinco anos de reclusão para um testa de ferro qualquer que se prestaria a coisas piores e mais agravadas por menos não assusta ninguém. Uma ideia melhor seria acabar com todos os tributos e transformar o Brasil numa nação-cassino, o que, aliás, não está longe de ser.

PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS (Campinas, SP)

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É lamentável que nossos legisladores queiram aprovar a liberação dos bingos. Estaremos atentos aos articuladores e legisladores que aprovarem esta liberação, pois daremos o troco nas próximas eleições. O povo brasileiro, em sua maioria cristã, repudia veemente esta jogatina, que não traz benefício nenhum para o ser humano, mas apenas malefícios, como o vício e desagregação familiar, entre outros.

JOÃO DIAS DE ARAÚJO (São Paulo, SP)

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Chuvas

É sempre igual. Nem bem começou o verão e as chuvas já mostram o que nos espera nas próximas semanas. A cidade repleta de prédios e com pouco verde, córregos imundos e rios pouco limpos, fora árvores sem poda e antigas, tudo isso é uma receita amarga para o paulistano, que logo receberá seu IPTU, mas verá que a São Paulo da garoa continua atolada em problemas insolúveis e que as gestões públicas insistem em atribuir a situação aos prefeitos e governadores pretéritos, quando não a são Pedro.

CARLOS HENRIQUE ABRÃO (São Paulo, SP)

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Maluf

Lamentável a decisão do Judiciário de deixar Paulo Maluf fora do alcance da Lei da Ficha Limpa, permitindo, assim, que ele assuma uma cadeira na Câmara dos Deputados. É uma decisão injusta e que presta um grande desserviço à sociedade, pois fere tanto o espírito da lei como a consciência ética e coletiva.
A Lei da Ficha Limpa é um grande avanço em termos de ética e de honestidade na política, e Maluf jamais poderia ficar impune mais uma vez.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Internacional

Após a derrota do Inter para o Mazembe, foi curioso ver o pessoal do SporTV comentar o resultado como a maior zebra do futebol mundial até hoje. Parece que esse pessoal não acompanha jogos dos campeonatos europeus, onde há tantos boleiros africanos jogando em times grandes. Basta lembrar que a seleção francesa de hoje é composta, em sua maioria, de jogadores negros nascidos na França, mas filhos de migrantes das suas ex-colônias africanas. Foi até um absurdo pensar em zebra, como se o time gaúcho fosse um Barcelona da vida ou aquele Real Madrid galáctico de alguns anos passados. Esquecem, também, que duas seleções africanas já ganharam olimpíadas em futebol e o Brasil não ganhou nenhuma.
Quanto ao Inter, é time grande para o futebol brasileiro atual e sem qualquer boleiro em especial. Outra coisa muito errada em nosso futebol é agir como fez o Inter e muitos outros, que passam vários jogos "descansando" suas "estrelas", quando deveriam mais é jogar sempre, para melhorar os chutes, passes e marcação. Enfim, jogar duas vezes por semana não mata e pode "afinar" o time. Duro é ser gari de rua e trabalhar seis dias por semana.

LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP)

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WikiLeaks

A internet e a liberdade estão sob risco. Grandes corporações querem monopolizar os serviços, o Estado quer burocratizar e cercear sua liberdade. A internet nasceu livre e democrática, e assim deve permanecer, pois se trata de uma das maiores criações humanas, abriu um novo espaço, uma nova dimensão e, ao contrário do que dizem, mostrou não como nosso mundo é pequeno, mas como somos infinitos. A internet abriu vazão à criatividade. Portanto, a novas ideias, coisa tão rareada no chamado mundo real, onde o monopólio da democracia e da liberdade criou uma elite minoritária capaz de atuar no mundo enquanto submete o restante (a maioria) à condição de meros espectadores.
Na internet, somos todos protagonistas. Qualquer um pode ter uma ideia para colocar no "ar" e, talvez, mudar sua trajetória de vida. É esta uma possibilidade real e concreta, e não apenas virtual.
De olho nisso, os mesmos que controlam o mundo real agora querem o controle do mundo virtual. A prisão do fundador do WikiLeaks demonstra tal processo, já em andamento. Além disso, esse fato tem uma peculiaridade que o torna mais grave: trata-se de uma afronta aos direitos individuais e à liberdade de imprensa.
Conclamo os ardentes defensores dos direitos humanos e da liberdade de imprensa a se pronunciarem de forma veemente, como costumam fazer, contra esta afronta à nossa liberdade. Temos todos que ficar atentos!

FLANY TOLEDO (Santo André, SP)

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ONGs

Aproveitando as travessuras nada inocentes dos últimos relatores do Orçamento da União, uma sugestão para algum parlamentar interessado no bem público: vamos criar uma lei proibindo o repasse de dinheiro público para ONGs! Para mim, não faz sentido que entidades intituladas "não governamentais" recebam dinheiro de governos.
O uso de verbas públicas nestas organizações é uma forma de terceirização do Estado. E as ONGs que realmente têm uma proposta de atuação independente em prol da sociedade deveriam ser as primeiras a recusarem a receber dinheiro de governos.

JOSÉ CLÁUVER DE AGUIA JUNIOR (Santos, SP)

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Drogas

São duas as gravíssimas epidemias que assolam e destroem gradativamente a nação brasileira: as drogas propriamente ditas e a extrema corrupção patrocinada e produzida pela não menos "droga" que é a política e a maioria dos políticos brasileiros. E o que é pior, sob o olhar leniente e tolerante do povo e da Justiça.

DAVID NETO (São Paulo, SP)

 
 

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