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01/07/2011 - 02h30

Hackers, saúde pública, Cabral

DE SÃO PAULO

Hackers

As recentes tentativas e/ou invasões de sites do governo (Poder, 29/6) possivelmente apontam para um outro momento da história, em que se coloca em xeque a competência do Estado. Ainda que citem que o Brasil não possui uma legislação de cibernética eficaz ou argumentos similares, o fato é que algumas perguntas desde já devem ser consideradas. Afinal, como confiar num governo tão vulnerável? Será que não existe nenhum plano estratégico que ao menos iniba este tipo de ação? Se existe, por que então o governo demorou tanto em neutralizar tais ações no mundo virtual, permitindo que o site do IBGE também fosse "visitado" pelos hackers? Quem pode nos garantir que qualquer cidadão futuramente não poderá também sofrer consequências, a partir destas causas nitidamente graves? Será que os investidores de outras nações se sentirão seguros em investir num país que nem sequer consegue controlar e/ou se antecipar a algo desta proporção?
A verdade é que sempre existiram instabilidades no contexto da segurança coletiva, porém a fragilidade do assunto já se estende e até desafia a segurança virtual dos organismos públicos, tornando-se pouco possível crer que os titulares da República estejam, na sua totalidade, verdadeiramente preocupados com o coletivo.

PIERRE MAGALHÃES (São Bernardo do Campo, SP)

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Os hackers ultrapassaram todos os limites da invasão de privacidade (Poder, 30/6). São necessárias uma tutela penal específica, com penas extremamente rigorosas, e uma atividade policial inteligente que permita a prisão imediata de pelo menos alguns criminosos. Por ora, a sensação de impunidade é absoluta.

AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

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Saúde pública

Louvável a preocupação do articulista Hélio Schwartsman em separar "fraude" de "gambiarra" (Cotidiano, 22/6), mas permita-me alertar que o exemplo que usa não condiz com a realidade da rede municipal de saúde de São Paulo.
Não é razoável supor que as 116 AMAs (assistência médica ambulatorial), que atendem 800 mil consultas todo mês, possam justificar gambiarras de qualquer tipo. A força de trabalho da Secretaria Municipal da Saúde é formada por profissionais da administração direta, indireta (Autarquia Hospitalar Municipal), servidores estaduais e federais municipalizados e das organizações sociais sem fins lucrativos em ações como a Estratégia de Saúde da Família (ESF), além de hospitais e mais de 300 unidades e serviços de saúde no âmbito dos contratos de gestão. A composição da remuneração de cada grupo é diferenciada pela característica de cada vínculo, estatutário ou celetista, porém a secretaria investe fortemente no funcionalismo, para que o patamar de remuneração seja o mais próximo possível.
Se políticas públicas deturpadas podem, na visão do articulista, justificar gambiarras, esse quadro não se aplicaria à rede pública da cidade de São Paulo, pois o modelo de gestão que vem sendo implantado na área de saúde investe nos recursos humanos próprios tanto quanto nas parcerias.
A AMA está longe de ser "o novo nome do velho posto de saúde". A rede de AMAs dá retaguarda às Unidades Básicas de Saúde (UBS), na proporção de uma AMA para cada quatro UBS. Concebidas para prestar atendimento sem necessidade de marcação de consulta e atender urgências e emergências de menor gravidade, elas também absorvem os agravos de baixa e média complexidade e deixam para os serviços de pronto-socorro, isolados ou hospitalares, os casos de maior gravidade.
Porém a expansão da nossa rede não se limita a esse serviço absolutamente inovador. São 245 equipamentos e serviços implantados a partir de 2005, um aumento de 65%. Além de dois novos hospitais (Cidade Tiradentes e M'Boi Mirim), mais 20 Caps (Centros de Atenção Psicossocial), 19 residências terapêuticas, 89 Núcleos de Apoio à Saúde da Família, para citar alguns, além de um inédito: o Serviço de Atenção Integral ao Dependente, com 80 vagas.

ADRIANA CORTEZ, coordenadora-adjunta da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde (São Paulo, SP)

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Cabral

Como estamos no ano do centenário de Noel Rosa, o governador Sérgio Cabral, inspirando-se no grande poeta da música popular brasileira, pensou: agora, vou mudar minha conduta.
Essa promessa de mudança de conduta, em seguida ao pedido de desculpas aos bombeiros por tê-los chamado de "vândalos" (Cotidiano, 30/6), aconteceu apenas por Cabral estar fragilizado no seu lado pessoal e atacado em diversas frentes pela descoberta de suas ligações com o empresário Eike Batista e com o dono da construtora Delta.

RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

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