PMDB define até amanhã indicação à presidência de Conselho de Ética
O PMDB vai definir até amanhã o nome do senador que vai ser indicado para a presidência do Conselho de Ética do Senado, órgão que vai decidir se abre processo de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
O senador Vital do Rego (PMDB-PB), que havia sido convidado para ocupar a presidência do colegiado, pode ter que abrir mão da indicação.
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Vital do Rego é corregedor do Senado e tem como suas atribuições investigar senadores. Por esse motivo, poderia ficar impedido de acumular o cargo com a presidência do conselho –já que cabe ao seu presidente decidir se abre ou não processo investigativo contra um parlamentar.
"Como corregedor, muitas vezes você tem que provocar o conselho de ética. E no conselho você tem que ser juiz da causa. A condição de corregedor inibe o papel de juiz", afirmou o senador.
O PMDB formalizou uma consulta à advocacia do Senado para questionar a possibilidade do acúmulo de funções. Mas trabalha com a alternativa de pedir para Vital do Rego se licenciar temporariamente da corregedoria para que o senador assuma a presidência do conselho. Outra hipótese é escolher um outro senador peemedebista para presidir o colegiado.
O partido não quer abrir mão da presidência do Conselho de Ética, mas encontra dificuldades para as indicações uma vez que nenhum dos integrantes da bancada manifestou a intenção de assumir a função.
O PT indicou senador Wellington Dias (PT-PI) para assumir o cargo se o PMDB não encontrar ninguém na bancada disposto.
"O PMDB tem outros nomes. Amanhã nós vamos escolher o presidente do Conselho de Ética do PMDB, independente da minha escolha", disse Vital do Rego.
Demóstenes foi flagrado em interceptações telefônicas supostamente beneficiando o empresário Carlos Cachoeira, preso pela suspeita de exploração de jogos ilegais no país.
NEGATIVA
Em meio ao impasse no Conselho de Ética, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o pedido do corregedor do Senado para ter acesso à íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo, que demonstou o esquema que seria comandado por Carlos Cachoeira.
Vital do rego disse que o ministro do STF Ricardo Lewandowski argumentou que o processo corre em segredo de Justiça, por isso somente uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso teria poderes para receber o material.
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