PT paulistano discute reestruturação do diretório nesta quinta
Com a vitória de Fernando Haddad (PT), a direção executiva do PT paulistano discute nesta quinta-feira a reestruturação da legenda na capital paulista, que será desfalcada pela nomeação de dirigentes do PT para cargos na Prefeitura de São Paulo.
A nova composição da sigla terá como tarefa dar sustentação à atual gestão e preparar terreno para a eleição direta do partido, o PED, em novembro.
O estatuto do PT veta que integrantes do governo permaneçam como dirigentes partidários para manter a independência em relação à gestão. Com isso, é esperada uma mudança significativa no diretório municipal e uma antecipação da disputa do PED, que decidirá o presidente da legenda no município durante praticamente todo o governo Haddad.
O atual presidente, vereador Antônio Donato, deixará o cargo oficialmente nesta quinta-feira -- ele foi escolhido secretário de Governo. Outro posto importante, a secretaria geral do partido, também está vaga -- o atual titular, Daniel Telles Ribeiro, assumiu a diretoria técnica do Departamento de Transportes Públicos, da Secretaria de Transportes. A expectativa é que outros integrantes da executiva sejam nomeados em breve, o que causará mais baixas na composição do diretório.
Nos bastidores, discutiu-se a escolha do deputado estadual Zico Prado (PT) para o cargo. O parlamentar tem forte atuação na zona leste da cidade e pertence à corrente petista Novo Rumo, a mesma de Donato e que, na eleição anterior, em 2009, obteve maioria na cidade ao desbancar a Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária nacionalmente.
Entretanto, na disputa para escolher o candidato do PT a prefeito, houve uma recomposição de forças. A CNB recebeu adesão de lideranças de outras correntes, em articulação promovida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fortalecer a candidatura de Haddad. A PT de Lutas e de Massas, corrente da família Tatto, também se fortaleceu --elegeu quatro vereadores e ficou com a Secretaria de Transportes.
A recomposição de forças e a indefinição sobre quais dirigentes ainda serão chamados para compor os quadros da prefeitura devem adiar a escolha do novo presidente, segundo petistas ouvidos pelo Valor.
Para não deflagrar uma briga interna já no início do governo, os integrantes da executiva tendem a empossar interinamente um dos três vice-presidentes amanhã e, em 30 dias, reunir o diretório municipal para bater o martelo sobre o novo presidente.
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