Governo dá anistia a estudante morto na ditadura
O estudante de geologia da USP Alexandre Vannucchi Leme, morto em 1973 durante a ditadura militar, foi homenageado nesta sexta-feira (15) durante o ato no Instituto de Geociências da USP (Universidade de São Paulo).
A Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, fez um julgamento simbólico que declarou o estudante um anistiado político.
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O ato simbólico é o reconhecimento do Estado de que Vannucchi foi perseguido e morto durante a ditadura.
O presidente da Comissão da Anistia e secretário Nacional da Justiça, Paulo Abrão, fez um pedido formal de desculpas à família pela responsabilidade do Estado na morte do estudante.
"É uma luta contra o esquecimento. É o reconhecimento de que o Estado foi responsável pelo assassinato de meu irmão. Toda a sociedade pede o pedido de desculpas", diz Maria Cristina Vannuchi, irmã do estudante.
Vannucchi foi morto, aos 22 anos, em 17 de março nas dependências do DOI-Codi, após ser preso por agentes do órgão de repressão do governo militar.
O regime militar informou inicialmente que Vannucchi havia cometido suicídio. Posteriormente, porém, mudou a causa da morte para atropelamento ao tentar fugir.
Mas segundo depoimento de nove presos políticos, Alexandre foi torturado e morreu em decorrência das torturas sofridas.
A família vai pedir na Justiça a retificação do atestado de óbito para que conste como causa da morte tortura e DOI-Codi como local.
Reprodução | ||
O estudante de geologia da USP Alexandre Vannucchi Leme, morto em 1973 durante a ditadura militar |
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