Grupo de índios tenta invadir Palácio do Planalto
Aos gritos de "Dilma assassina", índios representantes de diferentes etnias tentaram nesta quinta-feira (18) invadir o Palácio do Planalto.
De mãos dadas, eles cantam e cercam o local de trabalho da presidente Dilma Rousseff, que viajou para o Peru para participar de reunião extraordinária da Unasul em Lima. O encontro foi convocado para discutir os questionamentos sobre a legitimidade da votação que deflagrou uma crise política na Venezuela.
Índios invadem plenário da Câmara e interrompem sessão
Munidos de tambor e chocalho, os índios pedem a revisão e demarcação de terras. Protestam também contra as mortes de etnias.
"A ideia é que Dilma atenda a gente. Ela nunca nos recebeu para conversar", disse Inácio Shanenawa, do Acre.
"Não queremos invadir o Palácio, mas queremos ver a presidente, ou que ela se manifeste a nosso respeito. Só vamos sair quando tivermos uma audiência marcada com Dilma", diz Neguinho Trucá, de Pernambuco, afirmando que representantes dos índios já se reuniram com 12 ministros e que eles prometeram colocá-los em contato com a presidente, mas o encontro ainda não aconteceu.
A Policía Militar estima que cerca de 400 manifestantes estejam na porta do Palácio do Planalto. Seguranças protegem a entrada e fecharam a porta principal do Planalto, onde os índios se concentraram.
INVASÃO NA CÂMARA
O grupo que protesta no Palácio é formado pelos mesmos índios que invadiram o plenário da Câmara dos Deputados na terça-feira (16).
Depois de ocuparem o Congresso, eles aceitaram acordo para barrar a PEC 215, que propõe transferir da União para o Congresso a função de homologar as terras indígenas.
Eles também concordaram com a criação de uma comissão, composta por índios e parlamentares, para negociar o tema.
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