Chinaglia pede investigação sobre citações a seu nome em 'máfia do asfalto'
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), pediu à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República que apurem o envolvimento do seu nome nas investigações sobre supostas fraudes em licitações em municípios do interior de São Paulo, a maioria para serviço de pavimentação.
O deputado foi apontado por um lobista apanhado na Operação Fratelli como responsável por direcionar verbas para empresas que financiavam candidatos do PT.
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Sérgio Lima - 13.mar.12/Folhapress |
Líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia |
Além disso, um ex-chefe de gabinete de Chinaglia, identificado como Eli, é citado como intermediário de uma reunião na qual a empreiteira Leão Leão buscaria recursos do BNDES. Em troca da verba, a empreiteira apoiaria a campanha de um assessor de Chinaglia, o Toninho do PT, em Ilha Solteira (SP).
Chinaglia aparece em escutas da operação, do Ministério Público Federal e do Estadual. Os alvos da operação são fraudes em licitações que somam R$ 1 bilhão em dinheiro federal. As verbas, oriundas de emendas parlamentares, eram dos ministérios das Cidades e do Turismo.
Em ofício destinado aos chefes da PF e do Ministério Público, Chinaglia pede "imediata abertura de inquérito para investigar de forma aprofundada". "A fim de estancar de imediato as especulações e máculas que a ausência de uma investigação cuidados e criteriosa pode acarretar em situações da espécie, inclusive levando em consideração eventual prática do crime de calúnia, por parte de terceiros", diz o deputado.
DENÚNCIA
A Justiça Federal em Jales aceitou ontem a primeira denúncia do caso. Ao todo, 19 pessoas vão responder por crimes como formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraude em licitação. O parlamentar não está entre os denunciados.
O procurador Thiago Lacerda Nobre afirmou ontem que vai encaminhar os trechos que tratam sobre Chinaglia ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
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