Em meio a turbulências com PMDB, Dilma troca afagos com líder do partido
Em meio a tensões entre aliados do governo no Legislativo, a presidente Dilma Rousseff trocou elogios nesta segunda-feira (3) com o presidente da Câmara e um dos líderes do PMDB, Henrique Eduardo Alves, durante evento em Natal.
Os ânimos entre o Planalto e seu principal aliado estão acirrados desde a votação da MP dos Portos, no último dia 16.
Presidente da Câmara pede 1 minuto de aplausos a Dilma
Na visita ao reduto eleitoral de Alves, Dilma o elogiou pelo trabalho "incansável" e agradeceu "por toda a parceria e determinação" do deputado.
"Em qualquer oportunidade, ele sempre aproveita qualquer espaço para fazer uma reivindicação aqui para o Rio Grande do Norte", disse.
Roberto Stuckert Filho/Divulgação/PR | ||
Dilma posa para fotos durante evento em Natal, no Rio Grande do Norte |
Ao fim de seu discurso, diante de uma plateia de prefeitos do Estado, Alves pediu que todos ficassem em pé e fizessem um minuto de aplausos à presidente.
"Quero fazer uma homenagem para ela nunca mais se esquecer. Por favor, não me decepcionem. Algo que ela sempre vai lembrar. [Que fale:] 'Henrique, aquela manhã... Henrique, aquele dia...'", afirmou, atualmente no 11º mandato consecutivo na Câmara. Os aplausos duraram 55 segundos.
Alves, que também fez elogios ao ex-presidente Lula, disse que o Estado é o que está mais recebendo investimentos, proporcionalmente, por parte do governo. "Esses benefícios são vitórias e conquistas do Rio Grande do Norte graças à sensibilidade e à justiça da presidente Dilma Rousseff", disse.
Já Dilma anunciou benesses que não estavam oficialmente na agenda para o RN.
Além das 171 retroescavadeiras e motoniveladoras a 149 municípios, assinou edital de licitação para obras de um trecho da BR-101; uma ordem de serviço para construção de um centro cultural; uma outra para construção de uma barragem; e um acordo de cooperação do programa "Brasil Mais Seguro", do Ministério da Justiça.
A presidente ainda exaltou o ministro Garibaldi Alves (Previdência Social), também do PMDB, que não discursou. Ele é mais um conterrâneo de Henrique Eduardo Alves.
"Um grande ministro", afirmou Dilma, antes de emendar: "Apesar de, às vezes, ter gente querendo quebrar o ministério dele".
Reportagem deste domingo (2) da Folha mostrou que a presidente já montou uma operação política para evitar que problemas domésticos com o PMDB e outros partidos que apoiam o governo no Congresso prejudiquem sua campanha à reeleição em 2014.
O objetivo é reeditar no ano que vem a ampla coligação partidária que deu a Dilma o maior tempo de propaganda na TV nas eleições de 2010.
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