Procurador opina pela liberação dos bens de Duda Mendonça
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) parecer no qual se diz favorável à liberação dos bens do publicitário Duda Mendonça, absolvido no julgamento do mensalão no ano passado.
Os bens do publicitário, estimados em R$ 30 milhões, estão bloqueados desde 2006.
Leia íntegras dos recursos apresentados pelos réus
Saiba quais são as penas de cada réu no julgamento do mensalão
Robson Mendes - 23.fev.2011/Correio- Ba |
Publicitário Duda Mendonca |
Na segunda-feira (3), a defesa de Duda havia pedido, pela terceira vez, o desbloqueio dos bens de seu cliente.
No entanto, segundo a assessoria do procurador, Gurgel já havia encaminhado na sexta-feira o seu parecer, mas este só apareceu no andamento processual da ação do mensalão na noite de ontem.
Em outubro passado, a maioria dos ministros do STF inocentou o publicitário, que fez a campanha vitoriosa do ex-presidente Lula em 2002, e a sua sócia Zilmar Fernandes. Pelo trabalho, o publicitário recebeu R$ 11 milhões do PT.
Os dois haviam sido acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Para os ministros, não ficou provado que ele e sua sócia sabiam da origem ilícita dos recursos.
Em março, Joaquim Barbosa havia negado o pedido para desbloqueio dos bens, afirmando que era necessário aguardar o trânsito em julgado do processo, pois ainda havia a possibilidade de recursos à decisão.
Como o procurador não recorreu da decisão, o processo contra Duda e Zilmar transitou em julgado no começo de maio e os advogados do publicitário pediram novamente a liberação, mas Barbosa requisitou ao procurador um novo parecer.
NOVA AGÊNCIA
Após ser absolvido no julgamento, o publicitário anunciou a fusão de sua agência com a do sociólogo Antônio Lavareda. A união é parte da estratégia de Duda para tentar reverter a debandada de clientes em decorrência do escândalo.
No julgamento, os ministros do STF confirmaram que houve um esquema de desvio de recursos públicos que, somados a empréstimos fraudulentos, abasteceu a compra de apoio político no Congresso durante os primeiros anos do governo Lula.
Entre os 25 condenados estão o ex-ministro José Dirceu, homem forte do governo Lula, o ex-presidente do PT, deputado José Genoino (SP) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Todos os condenados recorreram contra as condenações, alegando omissões, contradições e obscuridades nos votos do mensalão.
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