Decisão de comissão de ética sobre Afif Domingos é 'política', diz Kassab
Fiador político da presença do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, no Ministério das Micro e Pequenas Empresas, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, minimizou nesta quinta-feira (6) a decisão da Comissão Geral de Ética de São Paulo, que considerou "indevido e inconveniente" o acúmulo de cargos por Afif.
Para Kassab, "a questão é muito mais política do que jurídica e moral".
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"Não tem nada que o desabone no campo moral, nada que o desabone no campo ético, nada que mostre que existe alguma ilegalidade. A questão é política, e nesta questão específica, as pessoas com o tempo, todas, vão perceber que nem a questão política deve prevalecer", afirmou Kassab, ex-prefeito de São Paulo, ao comentar a decisão da comissão.
O tom de Kassab ecoa o do próprio Afif, que ontem (5), em nota, sugeriu influência do PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin, na decisão da comissão, que seguiu a posição do relator do caso, o ex-secretário de Justiça Eduardo Muylaert.
"O máximo que disseram [na comissão de ética] é que seria inconveniente. Inconveniente para quem? Para um partido político ou para o Brasil?", escreveu Afif.
A posição da Comissão Geral de Ética tem caráter apenas consultivo, e seu parecer será encaminhado para a Assembleia Legislativa.
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