Comitiva erra trajeto e expõe pontífice a tumulto no centro
O papa Francisco havia desembarcado há pouco mais de meia hora no Rio quando uma falha em seu esquema de segurança permitiu que fiéis se aproximassem do carro que o levava e conseguissem tocar o pontífice, para desespero dos seguranças que cercavam o veículo.
Em vez de seguir pela pista do meio da avenida Presidente Vargas, o comboio papal pegou a pista do canto, onde centenas de ônibus que tinham sido desviados da outra pista estavam parados.
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O automóvel onde o papa seguia, de vidros abertos, ficou preso entre os ônibus e centenas de fiéis. Foram 12 minutos para percorrer um trecho de 500 metros.
"Foi um erro de pista", disse o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. Carvalho disse que ainda não se sabe quem foi o responsável pelo erro, mas disse ter sido um "alívio" não ter ocorrido nada com o papa. Responsáveis pela segurança por parte da Polícia Federal afirmavam que o erro teria sido de batedores da Polícia Rodoviária Federal.
A PRF afirmou que seus batedores cumpriram o que foi determinado pela organização geral do evento.
Júlio César Guimarães/UOL | ||
Papa Francisco beija bebê durante trajeto de papamóvel no centro do Rio, no primeiro dia da visita ao Brasil |
A prefeitura informou que não tinha sido informada pela Polícia Federal sobre o trajeto. "Não acredito que tenha havido erro, mas foi decisão da PF fazer aquele trajeto e ela é quem é responsável pela segurança do papa", afirmou o secretário de Transportes do Rio, Carlos Roberto Osório.
A PF afirmou que a prefeitura conhecia o trajeto a ser feito pelo papa. "Houve um erro, não se sabe se do batedor ou da prefeitura ou da PRF. Houve de fato, na pista da Presidente Vargas, era para pegar a outra pista. Por outro lado permitiu a aproximação do papa com as pessoas. E a tese de que de fato as pessoas têm muito carinho", disse o ministro Carvalho.
Quando a comitiva do papa caiu no engarrafamento na Presidente Vargas, a reação dos agentes envolvidos na área de inteligência foi de surpresa e aflição. Muitos deles acompanhavam o percursos do Centro de Comando e Controle do Exército.
Em outro ponto do trajeto os fiéis se aproximaram de Francisco sem que houvesse intervenção da segurança.
Ao chegar na catedral, onde Francisco trocaria o carro pelo papamóvel, o comboio entrou por uma rua paralela, que estava sem policiamento.
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