Manifestante preso no Rio não portava coquetel molotov, diz PM em depoimento
Bruno Ferreira Teles, 27, preso em flagrante na segunda (22) durante protesto contra o governador Sérgio Cabral em frente ao Palácio Guanabara, não carregava coquetéis molotov no momento da detenção.
A informação consta do depoimento prestado pelo policial militar que o deteve, segundo reportagem veiculada hoje no "Jornal Nacional".
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O depoimento do policial contraria informações divulgadas pelas polícias Civil e Militar a respeito da prisão de Teles.
Em notas divulgadas logo após a prisão, as corporações informavam que ele tinha sido preso por portar artefatos explosivos.
Em uma rede social, a PM chegou a afirmar que com ele tinham sido apreendidos 20 coquetéis molotov. De acordo com a Polícia Civil, teriam sido 11 bombas. Na mesma nota, a Civil esclarece que Bruno era o único preso por portar artefato explosivo.
Protestos durante visita do papa
No depoimento, o policial afirma que outro manifestante, não identificado, teria lançado o primeiro coquetel molotov contra os PMs.
Teles, ainda de acordo com depoimento do policial, teria recebido uma bomba já acesa por outro manifestante.
O estudante foi solto na manhã de terça por habeas corpus. Em sua decisão, o desembargador Paulo de Oliveira Lanzelloti Baldez afirma ter concedido o habeas corpus por entender que "a prisão não apresentou fundamentação idônea e concreta que a justifique".
Em seu despacho, Baldez afirma ainda que apesar de ele ter sido preso sob acusação de portar as bombas, "nenhum artefato explosivo foi apreendido" com ele.
Em imagens veiculadas na internet, é possível distinguir Teles durante o protesto. Em dois vídeos, ele não aparece portanto artefatos, tampouco com a mochila na qual, segundo a PM, teriam sido encontrados 20 coquetéis molotov.
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