Manifestantes viram a noite em protesto contra Cabral no Rio
Cerca de 30 manifestantes ocupam nesta segunda-feira (29) o canteiro central da avenida Delfim Moreira, na esquina da rua Aristides Espínola, a poucos metros da residência do governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon.
De acordo com uma integrante do movimento "Ocupa Cabral" --que pediu que seu nome não fosse divulgado, o grupo passou a noite no local. Como na maioria dos protestos que tem ocorrido na cidade, os manifestantes pedem a saída do governador do cargo.
Há também outros pedidos pontuais, como explicações pelo desaparecimento do morador da Rocinha Amarildo Dias de Souza, 47, que teria sido levado por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora para averiguações.
Nesta manhã, eles protestam no trecho de uma das três pistas da avenida em direção ao centro da cidade. O grupo pede que motoristas favoráveis aos protestos buzinem em apoio.
Durante os 40 minutos em que a Folha esteve no local, muitos passantes apoiaram o movimento. Em diversos momentos, os manifestantes fecharam todas as pistas sentido centro, causando retenções no trânsito.
O grupo é heterogêneo. Tem estudantes, professores universitários, moradores do bairro e integrantes da mídia alternativa. Dois enfermeiros voluntários acompanham o grupo.
Parte dos manifestantes dormiu em camas improvisadas ao ar livre. Eles contam que não armaram barracas de camping com medo de que a polícia atuasse de maneira violenta em uma possível ação para desmontar o acampamento.
Segundo os manifestantes, moradores do bairro trouxeram comida e água durante a madrugada e, também, de manhã. Às 16h, o grupo irá se encontrar com moradores da favela da Rocinha que farão um protesto contra o desaparecimento de Amarildo Souza.
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