Manifestantes ocupam esquina de Cabral há mais de 62 horas, no Rio
Um grupo de cerca de 30 manifestantes ocupa o canteiro central da avenida Delfim Moreira, na altura da Aristídes Espínola, no Leblon, na zona sul do Rio, há mais de 62 horas.
O local fica próximo à residência do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), desde as 14h de domingo (28). Entre os manifestantes há estudantes, professores e ativistas que pedem a saída do governador do cargo.
Com cartazes com dizeres "fora Cabral" e "cadê o Amarildo", o grupo pede a adesão dos motoristas ao protesto pacífico. Motoristas simpáticos à causa buzinam em apoio.
Três viaturas da Polícia Militar fazem a segurança da portaria do governador. Grades móveis estão posicionadas nas duas pontas da Aristídes Espínola para, no caso de a manifestação se aproximar da portaria do governador, a rua seja fechada.
Na madrugada desta quarta-feira (31), contam os manifestantes, um boato rondou o local dando conta que o acampamento seria desmontado pela Polícia Militar. O boato, contudo, não se confirmou e o grupo permanece.
Toda noite a permanência é votada. Os jovens optaram por não armar barracas de camping por receio de uma ação violenta da policia para removê-los. Desde domingo, eles dormem ao ar livre em cima de cobertores doados ao grupo. Moradores e ativistas têm doado água, comida, cobertores e livros para os integrantes dê ocupação.
Na quinta-feira, 1° de agosto, uma manifestação foi convocada para às 17h no local. O protesto foi convocado por moradores da Rocinha, favela onde o pedreiro Amarildo de Souza, 47, morava e desapareceu há duas semanas.
Integrantes do grupo disseram à reportagem que não se sensibilizaram com o pedido que o governador fez na última segunda-feira para que os protestos não ocorressem mais próximo da sua casa no Leblon.
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